A nuvem de gafanhotos que está na Argentina segue em deslocamento e, até a manhã desta quinta-feira (23), estava a 98 quilômetros da Barra do Quaraí, na fronteira oeste do Estado.
Segundo o fiscal estadual agropecuário, Juliano Ritter, no momento não há risco do enxame chegar ao Brasil. Isso porque um dos fatores que determina a mobilidade dos gafanhotos é o calor, sendo que na província de Entre Ríos, onde o enxame está, os termômetros marcam apenas 16°C, e isso dificulta a mobilidade dos gafanhotos.
O Ministério da Agricultura e a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seadpr) anunciaram ontem a liberação de recursos para o enfrentamento da praga, caso ela chegue no Estado. O valor de R$ 600 mil poderá ser utilizado na aquisição de produtos para tratamento fitossanitário e na contratação de serviços de aplicação, como aviões e combustível.
De acordo com o secretário de agricultura do RS, Covatti Filho, há também a busca por um acordo de cooperação com a Argentina e o Uruguai, para que aviões brasileiros possam fazer a aplicação de inseticidas em territórios além da fronteira.
O sindicato nacional de empresas da aviação agrícola colocou 400 aeronaves à disposição e 70 estão de prontidão para auxiliar na pulverização de agrotóxicos controlados nas áreas que estiverem no caminho do enxame. Contudo, desse montante, somente duas seriam efetivamente usadas na pulverização, as outras ficariam distribuídas em locais diferentes, já que a nuvem é imprevisível e pode se deslocar para outras partes do Rio Grande do Sul rapidamente.