Decreto do governo federal assegura desconto de 35,2% nas parcelas de custeio e investimento de agricultores familiares, que vencem entre primeiro de janeiro a 31 de julho deste ano, caso não estejam amparadas pelo Proagro ou seguro rural. A medida visa auxiliar agricultores atingidos pela estiagem.
O presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul, Carlos Joel da Silva, disse para a RPI que os 64,8% das dívidas restantes, caso o produtor não tenha dinheiro para o pagamento, podem ser prorrogados, com mesmo juro do contrato.
No caso do Banco do Brasil a prorrogação é por três anos. Em relação a cooperativas e Banrisul ainda não foi divulgado o prazo de extensão. Já os agricultores que possuem Proagro ou seguro, estão cobertos por esse benefício. Porém, se tiver restante de valores que precisam ser quitados, pode ser utilizado o manual de crédito. Carlos Joel da Silva também, observa que a Fetag reivindica que a União estenda o desconto de 35,2% para os financiamentos que vão vencer de agosto até dezembro de 2022.
Já o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ijuí, Carlos Karlinski, comenta que o problema é para quem pagou as parcelas de financiamentos e custeios que venceram nos três primeiros meses deste ano, pois o decreto com desconto saiu somente neste mês.
Karlinski aproveita para destacar que agora é esperada aprovação de projeto que abre um bilhão e 600 milhões de reais para novos custeios e investimentos para plantio da safra de inverno deste ano. Essa medida também deverá abranger médios e grandes produtores.