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OMS acompanha de perto duas recombinações da Covid-19

6 de abril de 2022

Por serem microrganismos muito simples, os vírus podem apresentar uma alta capacidade de mutação, que ganha impulso com o aumento da transmissão. Algumas mutações não representam qualquer tipo de alteração nas características virais, outras podem conferir vantagens como o aumento da transmissibilidade.

De acordo com a OMS, o vírus SARS-CoV-2, causador da Covid-19, continua a evoluir. Dado o atual alto nível de transmissão em todo o mundo, a OMS afirmou em um boletim divulgado nesta terça-feira (5) que é provável que outras variantes, incluindo recombinantes, continuem a surgir. De acordo com a entidade, a recombinação é comum entre os coronavírus e é considerada um evento mutacional esperado.

Neste momento, a OMS está rastreando variantes recombinantes, como a derivada de Delta (AY.4) e Ômicron (BA.1), além de recombinantes de BA.1 e BA.2, ambas sub linhagens da Ômicron.

O recombinante de Delta e Ômicron está sendo rastreado como uma “variante sob monitoramento”, classificação da OMS para linhagens do vírus que exigem atenção, mas não representam uma preocupação até o momento.

Segundo a OMS, a disseminação do recombinante parece ter sido limitada, tendo sido publicadas apenas 26 sequências no banco de dados internacional Gisaid. Além disso, as evidências atualmente disponíveis não sugerem que ele seja mais transmissível do que outras variantes circulantes.

Já o recombinante entre as duas sub linhagens de Ômicron (BA.1 e BA.2) está sendo rastreado pela OMS como parte da variante Ômicron. O recombinante foi detectado pela primeira vez no Reino Unido em 19 de janeiro e aproximadamente 600 sequências foram relatadas e confirmadas até o dia 29 de março.

As estimativas iniciais sugerem que esse recombinante tem uma vantagem na taxa de crescimento comunitária de 1,1 (o que representa uma vantagem de transmissão de 10%) em comparação à BA.2. No entanto, segundo a OMS são necessários estudos complementares para confirmar a informação.

Fonte: CNN Brasil