Na manhã de 04 de dezembro de 2024, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul (RS) deflagrou a “Operação Piratas do Agro”, com foco em combater o comércio de sementes falsificadas e pirateadas nos estados do RS, SP, BA e MG. A operação envolveu cerca de 120 policiais civis e 15 agentes fiscais agropecuários e foi coordenada pela DRACO de São Luiz Gonzaga/RS.
O esquema criminoso, descoberto após uma denúncia de uma cooperativa local, envolvia a falsificação de sementes de milho e soja, prejudicando agricultores que adquiriram produtos de baixa qualidade. As sementes eram comercializadas como se fossem de alta produtividade, gerando lucros ilícitos significativos para os envolvidos.
As ações da Polícia Civil no RS foram fundamentais para a prisão de membros da organização criminosa e o cumprimento de mandados de busca e apreensão em empresas e residências. O esquema envolvia falsificação de sementes, embalagens e documentos fiscais, com a colaboração de gráficas, escritórios de contabilidade e profissionais da computação gráfica.
Além disso, a organização utilizava “laranjas” e empresas fictícias para lavar o dinheiro obtido de forma ilegal. Em São Luiz Gonzaga, o líder da quadrilha, que enriqueceu em poucos anos, tinha movimentações financeiras suspeitas, com investimentos em carros de luxo e caminhões.
A investigação revelou ainda a participação de pessoas e empresas de diversos estados, e o esquema envolvia transações de milhões de reais, prejudicando a saúde pública e o setor agrícola. A operação também resultou em ações como bloqueio de contas bancárias, apreensão de veículos e apreensões de sementes falsas e piratas, causando um prejuízo de milhões de reais ao setor agrícola.
Números da “Operação Piratas do Agro”:
– 2 milhões de reais de prejuízo – em apenas uma negociação ilícita
– 13 milhões de reais em movimentações bancárias em 15 meses – apenas nas contas do chefe
do esquema, que mora em São Luiz Gonzaga/RS
– mais de R$ 1.000,00 de lucro por saca de milho falsificado – uma carga apenas rendia, em
média, R$ 1.800.000,00 de lucro ao grupo criminoso
– 120 policiais civis e 15 agentes fiscais agropecuários realizam buscas em 4 Estados – RS, SP,
BA e MG
– 41 mandados de busca e apreensão em residências e empresas – RS, SP, BA e MG
– 33 mandados de busca e apreensão de veículos
– 18 bloqueios de contas bancárias – 10 pessoas físicas e 8 pessoas jurídicas