Foram condenados, ontem, 15 denunciados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) por envolvimento em esquema de adulteração de leite cru refrigerado, lavagem de dinheiro e atuação em organização criminosa. Eles foram alvo da Operação Leite Compen$ado 8, deflagrada em maio de 2015 no Norte gaúcho. As penas variam conforme a participação de cada réu, variando entre sete anos e 16 anos de reclusão. Todos os condenados poderão recorrer em liberdade, mas as penas foram fixadas em regime fechado.
As condenações são resultado da Operação Leite Compen$ado 8, deflagrada nos municípios de Campinas do Sul, Jacutinga e Quatro Irmãos pelas Promotorias de Justiça Especializada Criminal e de Defesa do Consumidor. O objetivo foi desarticular um grupo que fraudava o leite com água e adicionava produtos químicos — como ureia, soda cáustica e álcool — para mascarar a adulteração. A operação, coordenada pelos promotores de Justiça Mauro Rockenbach e Alcindo Luz Bastos da Silva Filho, também apreendeu vários insumos e produtos lácteos impróprios para consumo e resultou em prisões preventivas.
As investigações demonstraram que os crimes foram praticados de forma estruturada e reiterada, com divisão de tarefas e uso de transações financeiras fraudulentas para ocultar os lucros obtidos. Na oitava fase da Operação Leite Compen$ado, em 2015, foram cumpridos seis mandados de prisão preventiva, três de prisão cautelar e oito de busca e apreensão. Escutas telefônicas obtidas pelo MPRS comprovaram como ocorriam adulterações no leite durante o transporte do produto na Região Norte do Estado.