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Paciente do HCI conclui ciclo de tratamento contra o câncer e recebe homenagens da equipe da Medicina Nuclear

9 de dezembro de 2022

Histórias de superação, de cura e de vida são diárias no Hospital de Caridade de Ijuí (HCI). Acompanhar os pacientes em longos tratamentos e vê-los evoluindo, além de criar vínculos com a equipe, torna tudo ainda mais emocionante. E foi por esse motivo que a equipe da Medicina Nuclear preparou um momento bem especial, com direito a balões, sorrisos e muita emoção para celebrar José Vitor Wiederkher, primeiro paciente a concluir o ciclo de tratamento com Xofigo (radio-223), para câncer de próstata, um importante feito que merece muita comemoração.

Devido ao estágio avançado da neoplasia com progressão de metástase sobretudo aos ossos e por não estar respondendo às terapias convencionais, o paciente foi encaminhado para realizar o tratamento com Xofigo, que é rápido, realizado em seis ciclos – uma vez ao mês, em forma de cloreto de rádio-233, administrado através da veia, e não necessita de internação. “Se trata de um cálcio mimético, análogo à substância do cálcio e, portanto, onde há metástase nos ossos o material consegue aderir muito próximo das lesões tumorais”, explica o médico nuclear do HCI, Michel Bueno. “Por ser um radioisótopo, emite uma radiação alfa capaz de fazer uma lesão no DNA da célula metastática e com isso ter um efeito antitumoral.”

 Bueno pontua que por ser um procedimento indicado a pacientes em estágio avançado da doença e, de modo geral, com comprometimento funcional importante e debilitados, muitos não conseguem tolerar tanto tempo de tratamento. “Por isso, estamos comemorando muito por ser nosso primeiro paciente a atingir os seis ciclos, que é o preconizado como mais efeito para ter uma boa resposta ao tratamento.”

A equipe conta que o senhor José Vitor Wiederkher chegou bastante debilitado, acamado, com muita dor e necessitando do uso de medicação para controle da metástase óssea. “Evoluiu super bem e tivemos êxito em tratá-lo com melhora clínica considerável, ganhou mobilidade. Hoje, praticamente não usamos analgesias, mas ainda é um paciente em acompanhamento oncológico”, lembra o médico. “Nosso tratamento é para o controle da doença, onde provavelmente tivemos êxito, entretanto, ainda demanda de uma análise do oncologista através de exames laboratoriais e de imagem para sabermos o quanto conseguimos ser efetivos no tratamento.”

Na tarde de ontem, José Vitor era só alegria, inclusive posando para as fotos com muita disposição, ao lado da esposa, Edite Wiederkher, que fez questão de demonstrar sua gratidão a equipe e também muito amor ao esposo, através de abraços emocionados. A comemoração contou com a presença da supervisora administrativa da Medicina Nuclear, Luciane Heuser, e toda a equipe do serviço. 

Fonte: RPI