Familiares e vítimas do incêndio da boate Kiss, além da comunidade em geral, lembram dos 10 anos da tragédia que aconteceu na madrugada do dia 27 de janeiro de 2013, em Santa Maria. Na ocasião, morreram 242 pessoas, além de mais de 600 feridos. A grande maioria era de jovens. Houve vítimas fatais que residiam em Ijuí e região. De Ijuí faleceram sete pessoas.
Da região, uma das vítimas fatais foi Ariel Andreatta, com 18 anos na época, e que residia em Jóia. Hoje pela manhã, durante entrevista na RPI, o pai de Ariel, Darci Andreatta (foto), disse que mesmo com a lembrança e repercussão dos fatos, é preciso seguir em frente. Comentou que existem algumas decepções com o pós tragédia, por exemplo, a soltura da cadeia dos acusados pelo incêndio.
Os sócios da Kiss, Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, o vocalista da Banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, e o produtor musical Luciano Bonilha Leão, chegaram a ser condenados no juri popular mais longo da Justiça do Rio Grande do Sul, com o resultado divulgado dia 10 de dezembro de 2021. Foram 10 dias de juri. Porém, no dia 3 de agosto do ano passado, o Tribunal de Justiça gaúcho acatou recursos das defesas dos quatro condenados, anulou a decisão do juri popular, com isso, os quatro estão em liberdade.
Na entrevista desta manhã na Progresso, Darci Andreatta, que também integra a Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria, observou que ao longo desses últimos 10 anos existe contato entre as famílias das vítimas, porém há casos de pessoas que ainda não se conhecem entre si, visto o grande número de vítimas.
Andreatta entende que o resultado financeiro do documentário sobre o incêndio da boate também possa ser utilizado na construção do memorial das vítimas, no mesmo terreno onde existia a Kiss. Hoje e amanhã acontece ampla programação em Santa Maria, visto passagem dos 10 anos da tragédia.