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Para Aprosoja, Rio Grande do Sul deverá ficar aquém da área projetada com a oleaginosa nessa safra

6 de novembro de 2025

A Aprosoja do Rio Grande do Sul – Associação dos Produtores de Soja – acredita que o Estado não vai atingir os cerca de 7 milhões e 500 mil hectares estimados pela Conab – Companhia Nacional de Abastecimento – com a oleaginosa na safra 2025/2026, que está em período de plantio. Segundo o presidente da entidade, Irineu Orth, problemas financeiros por parte dos agricultores, visto frustrações das últimas safras por questões climáticas, e dificuldade na obtenção de financiamentos são as principais causas que podem impedir avanço na área de soja.

Irineu Orth acredita que a situação pode mudar se houver liberação de mais crédito agrícola, porém, entende que o território gaúcho nem chegue a 7 milhões de hectares. no último domingo, às 6 horas e 30 minutos, Irineu Orth falou mais sobre o tema durante entrevista no programa Progresso Rural da RPI. Destaca que nesta safra algumas áreas deverão ficar sem plantio de soja, especialmente de Santa Maria em direção ao Sul do Estado, também região de Santiago. Orth esclarece que alguns produtores já entregaram para os proprietários lavouras que tinham arrendado, principalmente no Sul gaúcho. O presidente da Aprosoja também comenta dificuldades de agricultores em renegociar dívidas. (Abaixo, áudio de Irineu)

Irineu Orth projeta que o plantio de soja deve ser melhor nas regiões do Planalto Médio e Alto Uruguai, o que inclui Ijuí e municípios vizinhos. Porém, a tendência é que muitos plantem sem grande tecnologia, o que poderá reduzir o rendimento. Ele acredita que no máximo o Rio Grande do Sul vai colher de 19 a 21 milhões de toneladas de soja, mas não de 22 a 23 milhões, segundo anunciado.

Quanto ao preço da soja pago ao agricultor, o presidente da Aprosoja frisa que deverá se manter a cotação atual, cerca de 124 reais, porém sem possibilidade de chegar entre 180 e 200 reais a saca como ocorreu há cerca de três a quatro anos. Com a colheita de soja normal nos Estados Unidos, volta da compra de soja americana por parte da China, conforme acordo firmado semana passada entre os dois países, além da boa safra que deve acontecer na região Centro Oeste do Brasil e no Matopiba, ou seja, Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, a cotação da oleaginosa brasileira tende a ficar estável. No Progresso Rural, Irineu Orth, que também é suplente do senador, Luis Carlos Heinze, falou sobre negociação com os governos estadual e federal para ajudar os produtores gaúchos. (Abaixo, áudio de Irineu)

 

 

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí
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