Os municípios de Ijuí, São Luís Gonzaga, Santo Ângelo, Santa Rosa, Três Passos e Frederico Westphalen vão ser alguns dos locais de mobilização da Fetag, quarta-feira, para reivindicar que o governo federal anuncie medidas contra a estiagem. Haverá 17 pontos de manifestação na quarta-feira, desde o início da manhã. A decisão foi tomada na última sexta-feira, após fim do prazo dado pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul para que a União divulgasse ações de socorro a agricultores familiares.
Durante entrevista hoje pela manhã na RPI, o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, disse que o governo federal alega não ter dinheiro, porém, tem efetuado liberação de recursos para outras áreas menos urgentes. Ele observa que o apoio para pequenos agricultores que perderam muito com a falta de chuva é essencial, pois significa investimento na produção de alimentos, segmento prioritário. Para Carlos Joel da Silva, falta vontade política.
Frisou que desde janeiro a Fetag realiza negociações em Brasília devido à estiagem, inclusive com ministros da Agricultura, Desenvolvimento Agrário, Desenvolvimento Regional e da Fazenda. Amanhã, representantes da entidade gaúcha novamente vão viajar para a capital federal e permanecer por toda a semana. Um dos objetivos, agora, é audiência com a Ministra do Planejamento, Simone Tebet.
A Fetag quer, por exemplo, rebate de 35% sobre parcelas vencidas ou que vão vencer do Pronaf e que se estenda por todo 2023. Ainda requisita a prorrogação de parcelas dos financiamentos agrícolas. A federação também busca recursos para equalizar a prorrogação das operações de Pronamp custeio pecuário e Pronamp investimento, não amparadas pelo Proagro ou Seguro Rural, vencidas ou que vão expirar de primeiro de janeiro a 31 de dezembro deste ano. Outro pedido é disponibilização de milho balcão, de outros Estados, para repassar a produtores gaúchos.
Na mesma entrevista hoje pela manhã na Progresso, Carlos Joel da Silva comentou que até agora a União anunciou, apenas, cestas básicas para produtores familiares e apoio para integrantes do Pronaf B, que abrange poucos agricultores, em razão de que a renda máxima anual bruta é de 23 mil reais.