A mobilização que a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul pretendia realizar durante três dias, em Porto Alegre, durou menos de um, pois o governo federal atendeu medidas referentes às perdas na agricultura devido às enchentes deste ano.
Ontem pela manhã, a Fetag começou mobilização na Capital Gaúcha, mas no início da noite de segunda-feira a União publicou resolução com diretrizes de apoio aos agricultores, cooperativas, cerealistas e fornecedores de insumos.
Podem acessar o crédito os produtores rurais de municípios com decretos de situação de emergência ou estado de calamidade pública reconhecidos pelo governo federal de 26 de abril até 31 de julho, em que a perda de renda foi de 30% ou mais. Porém, o limite de crédito não pode ultrapassar a soma das parcelas vencidas e por vencer em 2024.
Podem ser renegociadas as dívidas de operações de crédito rural, de Cédulas de Produto Rural e dívidas com cooperativas, cerealistas e fornecedores de insumos agrícolas. Os financiamentos são com até oito anos para reembolso; taxas de juros entre 4,5% e 10%; e até 50 milhões de reais por mutuário. Além disso, há prorrogação do prazo para agricultores solicitarem o rebate em operações de investimento, que agora vai até o próximo dia 30.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ijuí, Carlos Karlinski, frisa que existem realidades diferentes entre os produtores que sofreram com as enchentes e últimas estiagens, o que dificulta conjunto de medidas que contemple todos.