Parceria da Agrofel com agricultores amplia mercado de canola no RS

A canola é a cultura de inverno que mais cresceu de área neste ano no Rio Grande do Sul. Cotação semelhante à soja, perspectiva de bom rendimento, menor custo de produção em relação ao trigo e maior rentabilidade financeira, são fatores que motivam agricultores a apostar na canola, cujo crescimento é constante nos últimos anos.

No Estado, foram cultivados, em 2024, 179 mil hectares, contra 105 mil de 2023. Dentre os 44 municípios do escritório regional da Emater, com sede em Ijuí, são 31.460 hectares com a cultura, acréscimo de 20.036 hectares num comparativo com a safra passada.  Em Ijuí, são 2 mil e 500 hectares de canola. Em 2023, foram 800 hectares.

A Agrofel é uma das empresas gaúchas que investe na mencionada área. Em entrevista na RPI, o gerente comercial da Agrofel, Marcelo Jardim, disse que em 2024 é o segundo ano que ocorre negociação de canola com produtores e toda a produção recebida é destinada à exportação para a Europa.

Para quem faz parte do programa de canola da Agrofel, a empresa repassa sementes e insumos, também garante o recebimento da colheita, além do pagamento. Porém, agricultores que não integram essa parceria, podem entrar em contato para entrega da safra. Marcelo Jardim enfatiza que o programa de rastreabilidade da Agrofel garante grãos de qualidade, visto que isso é exigido pelo mercado comprador, principalmente para produção de óleo.

Na região de Ijuí, recebem canola, nesta safra, as unidades da Agrofel de Augusto Pestana, Ibirubá, Júlio de Castilhos, Chiapetta e Capão do Cipó. Jardim comenta que a colheita da canola está em cerca de 25% no Rio Grande do Sul, com rendimento de até 35 sacas por hectare. O custo por hectare gira em torno de 14 a 17 sacas. Com a cotação atual entre 112 a 115 reais a saca, o lucro, por hectare, fica acima de mil reais. Marcelo Jardim ainda comentou, na Progresso, que a Agrofel pretende aumentar a exportação de canola, por isso, ampliar parceria com produtores.