Desde a última sexta-feira, 01, os radares eletrônicos — popularmente conhecidos como pardais — de boa parte das rodovias federais brasileiras foram desligados. O motivo é a falta de recursos financeiros para manter os contratos com as empresas responsáveis pelos equipamentos.
Os aparelhos desligados fazem parte do Programa Nacional de Controle Eletrônico de Velocidade (PNCV), sob gestão do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Em comunicado anterior, o Dnit havia classificado a situação como um “ajuste orçamentário pontual” e disse que estava tomando providências para evitar a interrupção dos serviços, o que não ocorreu.
A falta de verba já era alertada desde a fase de planejamento do orçamento de 2025. A previsão de gastos para o contrato de fiscalização era de R$ 164,5 milhões, mas apenas R$ 79,6 milhões foram destinados — valor insuficiente para manter o sistema em funcionamento.
No Rio Grande do Sul, a empresa Fotosensores, responsável pelos equipamentos no estado, foi comunicada oficialmente do desligamento ainda em julho, por meio de ofício da Coordenação-Geral de Operações Rodoviárias do Dnit.
Importante destacar que a medida não afeta os controladores de velocidade das rodovias pedagiadas, como a BR-101, BR-386 e a freeway, que seguem funcionando normalmente por serem de responsabilidade das concessionárias.
O Dnit afirma que articula com o Ministério dos Transportes e a Casa Civil soluções para retomar as fiscalizações, ressaltando a importância do programa para a segurança viária nas rodovias federais.