Agricultores que possuem dívidas referentes a financiamentos e custeios agrícolas podem avaliar a renegociação desses débitos diretamente nas agências bancárias onde assinaram os contratos. Recentemente, o Rio Grande do Sul foi incluído na lista de Estados, pelo Ministério da Agricultura, para que produtores possam estender pagamentos, visto frustrações de recentes safras.
No caso do Estado gaúcho, os problemas se referem, especialmente, às estiagens dos três últimos anos, que causaram grande quebra na soja e milho, dentre outras áreas. Também houve perdas em safras de inverno, por exemplo, no trigo, seja por excesso de chuva, geadas tardias ou outras situações.
O presidente da Aprosoja no Rio Grande do Sul, Ireneu Orth, comenta que podem ser renegociados, inclusive, débitos já negociados em períodos passados. No entanto, ele alerta que é preciso avaliar caso a caso, ou seja, de forma particular por produtores. Ontem, às 6 horas e 30 minutos, o presidente da Associação dos Produtores de Soja do Rio Grande do Sul ampliou o assunto durante entrevista no programa Progresso Rural da RPI.
Ireneu Orth comentou que se for possível quitação de dívidas agrícolas sem renegociação é bem melhor, pois evita juros e endividamento. No Progresso Rural de ontem pela manhã, Orth ainda observou que a safra de soja deste ano, cuja colheita ocorre neste momento, deve fechar em cerca de 22 milhões de toneladas no Rio Grande do Sul. Em 2023, em razão da estiagem, ficou entre 10,5 milhões e 11 milhões de toneladas. Porém, ano passado, o preço pago ao agricultor era melhor. Nesse ano, existe boa produção de soja, mas valor menor.
Outra questão abordada no Progresso Rural foi referente ao Proagro e seguro agrícola. Com as últimas quebras de safras, ocorreu muito acesso a esses sistemas por parte dos agricultores, o que agora tem custo alto e valor segurado baixo. Na última quarta-feira, Ireneu Orth, que é ex-prefeito de Tapera, assumiu vaga como senador, visto a licença do titular, Luiz Carlos Heinze. Os dois são do PP. Orth, que é primeiro suplente de senador, comentou que nesses quatro meses que ficará no Senado vai defender, especialmente, pautas nas áreas de agricultura, saúde, infraestrutura, portos e rodovias. Abaixo, confira a entrevista do Ireneu Orth.