Além do novo plano safra da agricultura familiar, o governo federal apresentou, ontem, o plano safra 2024/2025 da agricultura empresarial, ou seja, para médios e grandes produtores. São 400 bilhões, 590 milhões de reais destinados para a agricultura empresarial, aumento de 10% em relação à safra anterior. Desse total, 293,29 bilhões, acréscimo de 8%, é para custeio e comercialização, e 107,3 bilhões de reais, elevação de 16,5%, para investimentos. Ainda, os produtores rurais podem contar com mais 108 bilhões de reais em recursos de Letras de Crédito do Agronegócio, para emissões de Cédulas do Produto Rural.
Já em relação aos recursos por beneficiário, 189 bilhões de reais são com taxas controladas, direcionados para o Pronamp, demais produtores e cooperativas, e os outros 211,5 bilhões destinados a taxas livres.
As taxas de juros para custeio e comercialização são de 8% ao ano para os produtores enquadrados no Pronamp. Já para investimentos, as taxas de juros variam entre 7% ao ano e 12%, de acordo com cada programa.
A União ainda reserva 12 bilhões e 300 milhões de reais entre os programas Moderfrota e Moderfrota Pronamp, para compra de maquinários agrícolas, com juros de 11,5% e 10,5%, respectivamente. O Proirriga, no novo plano safra da agricultura empresarial, tem 2 bilhões e 600 milhões de reais e juro de 10,5% ao ano. Também existem verbas parta armazenagem de grãos.
Para o presidente do Sindicato Rural Patronal de Ijuí, Ércio Eickhoff, o volume de recursos para médios e grandes produtores é suficiente para financiar as próximas safras o que, na região de Ijuí, abrange especialmente, soja, milho e trigo.
No entanto, é preciso discutir a situação dos agricultores para acessar as linhas de crédito, também por conta de juros altos. Ércio Eickhoff ainda cita o alto custo do seguro rural e baixa indenização. Diante disso, os produtores precisam colher bastante para cobrir esses custos.