Presidente do Sindicato Rural de Pejuçara alerta sobre falta de avanços no plano safra

O novo plano safra do governo federal, para a agricultura familiar, médias e grandes propriedades vigora a partir de hoje, período 2023/2024. Referente à agricultura familiar, são 71 bilhões e 600 milhões de reais para o Pronaf, ou seja, crédito rural.

Se forem somados os valores de crédito rural com outros programas como Proagro Mais, compras públicas e assistência técnica e extensão rural o valor chega a 77,7 bilhões de reais. Já para a média e grande agricultura, o plano reserva 364 bilhões, 220 milhões de reais. 272 bilhões, 120 milhões de reais se referem ao custeio e comercialização e outros 92,1 bilhões para investimentos.

O presidente do Sindicato Rural de Pejuçara, Valdocir Antônio Gianluppi, alerta que para a agricultura empresarial o novo plano safra tem apenas 19% de dinheiro, ou 101 bilhões de reais dos 364 bilhões, controlados pelo governo federal, com devida subvenção e controle dos juros. O restante sai dos bancos.

Diante disso, Valdocir Gianluppi observa que os 27% de aumento de orçamento no plano safra para médios e grandes agricultores precisam ser vistos com algumas reservas. A maior parte das verbas se destina para custeio e comercialização.

O presidente do Sindicato Rural de Pejuçara também comenta que houve pouca redução da taxa de juros e nada de anúncio sobre seguro rural, medida que é fundamental para a região, por exemplo, em decorrência das intempéries climáticas que causam prejuízos na agricultura, como ocorreu com as recentes estiagens.

Gianluppi acredita que os produtores poderão investir pouco em compra de máquinas e equipamentos agrícolas, mesmo que o novo plano safra reserve recursos para este segmento, pois as últimas estiagens deixaram muitos produtores descapitalizados. Hoje, a partir das 17 horas, Valdocir Gianluppi vai ampliar a temática sobre o novo plano safra durante entrevista no programa de Pejuçara, pela RPI.