O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), divulgou um alerta sobre os primeiros casos autóctones de Chikungunya no Estado em 2025. Os 31 casos foram registrados no município de Carazinho, no norte do Rio Grande do Sul, marcando a transmissão local do vírus causador da doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. As ocorrências foram registradas com datas de início dos sintomas durante o período de 9 de fevereiro e 14 de março.
Fora esses, o Estado havia confirmado apenas cinco casos importados nos municípios de Porto Alegre, Ametista do Sul, Bento Gonçalves e Feliz. Esses foram identificados em pacientes com histórico de viagem para outros estados até 15 dias antes do início dos sintomas. Em Carazinho, a transmissão local foi confirmada por exames laboratoriais em 24 pacientes do sexo feminino e sete do sexo masculino, com idades entre 6 e 87 anos.
A Chikungunya tem sintomas semelhantes aos da dengue, como febre alta e dores de cabeça, musculares, nas articulações e nas costas. Os sintomas geralmente duram entre sete e dez dias. A doença tem grande potencial de disseminação, podendo levar a grandes surtos e epidemia, com impacto significativo nos serviços de saúde.
Diante do cenário, o Cevs emitiu um alerta epidemiológico aos serviços de saúde para intensificarem as medidas de vigilância epidemiológica para identificação e notificação imediata de casos suspeitos à vigilância ambiental. É considerado caso suspeito de chikungunya toda pessoa com febre de início súbito, acompanhada de dor nas articulações ou artrite intensa não explicada por outras condições que seja residente ou tenha visitado áreas com transmissão até duas semanas antes do início dos sintomas.
Municípios com casos suspeitos devem coletar amostras até o oitavo dia do início dos sintomas dos pacientes para exames de detecção envio ao Laboratório Central do Rio Grande do Sul (Lacen). Profissionais de saúde também devem estar atentos às diferenças da chikungunya e outras arboviroses, como dengue e zika, especialmente devido ao risco de cronificação da dor articular.
A população pode colaborar eliminando possíveis criadouros de larvas do mosquito Aedes aegypti com acúmulo de água parada, como pneus, latas, baldes, garrafas, vasos de plantas e piscinas sem uso.