O professor José Carlos Corrêa, o Caticoco, esteve na Rádio Progresso falando sobre o Dia Nacional da Consciência Negra. Como primeiro presidente do Grupo Cultural Herdeiros de Zumbi, contou que muitas pessoas se envolveram para criar a entidade, que hoje representa a etnia Afro no município de Ijuí.
Explicou que o Dia da Consciência Negra é um marco de esperança, liberdade, luta e autoestima. Lembrou que o poeta gaúcho, Oliveira Silveira, instituiu em 1971, esse marco histórico em homenagem a Zumbi dos Palmares.
Zumbi dos Palmares foi traído e morto em uma emboscada em 20 de novembro de 1695, um ano após a destruição do Quilombo dos Palmares. Ele foi capturado e teve sua cabeça decapitada para ser exposta publicamente em Recife, com o objetivo de desmistificar a crença em sua imortalidade e desencorajar futuras revoltas. Sua morte se tornou um símbolo da resistência à escravidão e da luta antirracista, e a data de sua morte foi escolhida para celebrar o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.
Seu nome está escrito no livro dos heróis da Pátria. O professor José Carlos Correa disse que esta é uma data especial para relembrar a importância da data e por tudo o que passaram os escravos, pois muito sangue negro correu para alimentar a cobiça dos senhores proprietários de engenhos e terras que produziam.
Caticoco observou que a Constituição Federal de 1988 assegura o livre exercício dos cultos religiosos e sua legitimidade, sendo inviolável a liberdade de consciência e de crença. Com isto, citou os templos sagrados de Umbanda, que tem a luz e o brilho da negritude e dos orixás.
Segundo ele, o centro de umbanda é uma religião que se aprofunda na parte espiritual, que está sempre dedicada ao ser humano, fazendo com que possa ocorrer esta valorização maior das pessoas.