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Progresso Rural: Aprosoja contabiliza perdas na oleaginosa com a estiagem mas acredita em retomada do desenvolvimento

3 de janeiro de 2022

A Aprosoja – Associação dos Produtores de Soja do Rio Grande do Sul – estima que ainda falta plantar cerca de 10% da soja da safra 2021/2022 no Estado. O cultivo já deveria ter sido concluído, mas a falta de chuva impede a sequência do trabalho. Durante entrevista na RPI, o presidente da Aprosoja, Décio Teixeira, disse que o atraso do plantio abrange pequenas, médias e grandes propriedades, especialmente na região de Ibirubá.

Em Ijuí, a estimativa é que dos 40 mil hectares de soja esperados para esta safra, ainda falte cultivar em torno de quatro mil. Décio Teixeira projeta que a quebra média na oleaginosa no Rio Grande do Sul esteja entre 20 e 30%, visto a seca. Ele acredita que a atual estiagem é a maior dos últimos cerca de 40 anos. Citou que entre 1984 e 1985 houve seca intensa, inclusive com alguns rios que secaram, no entanto, com alguns momentos de chuva.

O problema, a partir de agora, é que além da estiagem, o plantio da soja fica fora do período de zoneamento agrícola, com isso, se os produtores não vão ter acesso ao seguro agrícola ou Proagro, caso necessário. Isso porque, o zoneamento agrícola da atual safra terminou na última sexta-feira, dia 31, e o governo federal não prorrogou o período.

A Frente Parlamentar da Agricultura Familiar na Câmara dos Deputados e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul pediram que a União estendesse o prazo do zoneamento agrícola. Porém, a solicitação foi negada. O presidente da Frente Parlamentar e deputado federal pelo PSB gaúcho, Heitor Schuch, disse que voltará a pedir para a Ministra da Agricultura, Teresa Cristina, que o zoneamento agrícola seja prorrogado.

O presidente da Aprosoja entende é possível cultivar soja até o fim deste mês e conseguir bom rendimento, caso volte a chover. Citou exemplos de 55 sacas por hectare, em anos anteriores, em alguns casos de agricultores que cultivaram a oleaginosa no início do ano. Décio Teixeira falou sobre o tema, ontem, no programa Progresso Rural, da RPI. Hoje, as 22 horas, o Progresso Rural vai ser reprisado no Companhia da Noite da RPI.

Ontem, fim da tarde, voltou a chover na região. Em Ijuí, houve baixo acumulado. A precipitação climática foi maior entre o interior de Pejuçara até Condor e Panambi. Em Jacicema, área rural de Pejuçara, houve 25 milímetros; entre Condor e Panambi, de 30 a 50 milímetros, semelhante a alguns locais de Nova Ramada.

No caso de Ijuí, ontem choveu um pouco melhor na região sul, o que deve permitir a semeadura da soja onde ainda não ocorreu, além do replantio, visto as perdas causadas pela seca. Segundo a Emater, também há possibilidade de plantar a safrinha de milho, onde ocorreu silagem com milho de primeira safra. Agora, em Ijuí, é o centro do município onde falta mais umidade, também na região norte.

E aumenta o número de municípios que decretaram situação de emergência em razão da estiagem. Quinta-feira passada a prefeitura de Ijuí assinou o decreto. Agora, o documento é encaminhado para o governo estadual, a fim de obter o reconhecimento e, após, a expectativa é pela aprovação da União.

Se isso ocorrer, o município poderá receber ajuda e dispensar a necessidade de licitação para compra de bens para auxiliar a comunidade atingida pela seca. Além disso, o agricultor poderá renegociar dívidas devido à perda das plantações durante a estiagem. Levantamento aponta perdas entre 195 e 200 milhões de reais, principalmente pela quebra no milho, soja e pastagens. Abaixo, confira o programa Progresso Rural de ontem, 02:

Fonte: Radio Progresso de Ijuí
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