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Projeto do Madp registra tradições da culinária indígena do Noroeste gaúcho

1 de novembro de 2024
Preparo do Fuá, comida tradicional presente na alimentação do povo Kaingang. Foto: Madp/Divulgação.

Com o intuito de registrar e valorizar as tradições da culinária indígena, o Museu Antropológico Diretor Pestana (Madp) deu início ao projeto de pesquisa “Saberes e Sabores – Memórias alimentares tradicionais de comunidades do Noroeste do RS”. O objetivo é documentar e destacar a riqueza das práticas alimentares indígenas da região, promovendo um reencontro com a cultura que moldou grande parte da alimentação contemporânea.

O trabalho de campo teve início na Terra Indígena do Guarita, o maior território indígena do Rio Grande do Sul, que abrange parte dos municípios de Tenente Portela, Redentora e Erval Seco. Com a autorização do Cacique Valdones Joaquim, a equipe de pesquisa visitou diversas áreas da comunidade, guiada por Laisa Sales Ribeiro, integrante do corpo técnico do projeto.

Laisa enfatizou a importância de degustar pratos típicos do povo Kaingang e vivenciar essas tradições diretamente no território. “Esse é um momento crucial para o projeto, pois o trabalho parte da prática, não apenas da teoria. Isso fortalece não só o nosso projeto, mas também a cultura indígena, que não é algo do passado, mas está viva e se projetando para o futuro”, afirma.

Segundo o colaborador do Madp, Fabrício de Souza, ao unir passado, presente e futuro, o projeto ressalta que a sabedoria alimentar indígena é uma parte viva da cultura. “A valorização dessas práticas ancestrais é essencial não só para a preservação das tradições, mas também para promover uma alimentação sustentável e práticas de relação e valorização da natureza”, ressalta.

O projeto é financiado pela Lei Paulo Gustavo e fomentado pela Secretaria Estadual da Cultura (Sedac), por meio do Concurso Sedac nº 11/2023 – Pesquisa, Registro e Memória.