Uma das preocupações que começa ser acompanhada pela Emater e secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul, na atual época do ano, é a ferrugem asiática. A doença se instala na soja e pode causar grande prejuízo se não controlada adequadamente. Nos últimos dias, Estado e Emater divulgaram relatório sobre monitoramento da ferrugem asiática da soja em 2024. Foram detectados altos níveis de esporos da doença nas semanas iniciais da safra passada, com destaque para os municípios de Muitos Capões (602 esporos), Três Passos (372), Ijuí, com 293 esporos, e Cruz Alta (205).
Outubro e novembro de 2024 concentraram os maiores níveis de inóculo, seguidos por março deste ano. Entre as regiões, o Planalto Médio apresentou a situação mais crítica, com 5.584 esporos. A análise indicou que os picos do fungo aconteceram logo após períodos de chuva e em condições de alta umidade relativa do ar. Apesar da elevada infecção inicial, o clima freou a expansão da ferrugem asiática. O Rio Grande do Sul tem 77 coletores de esporos de ferrugem asiática, um deles em Ijuí. O agrônomo da Emater, em Ijuí, Edewin Bernich frisa que toda semana acontece coleta das lâminas para saber se há esporos, mas isso não significa existência da doença, conforme explica Bernich. (Abaixo, áudio de Edewin)
Nos últimos dias terminou o período de vazio sanitário da soja no Rio Grande do Sul, que proibia a manutenção de plantas voluntárias ou em qualquer fase de desenvolvimento. Em Ijuí, o período recomendado para plantio da soja, conforme zoneamento agrícola, começa dia 20 deste mês.