O Preço da Cesta de Alimentos (PCA) do Rio Grande do Sul, divulgado nesta sexta-feira (4/4) pela Secretaria da Fazenda (Sefaz), registrou uma leve alta de 0,33% em março, alcançando R$ 292,07. No acumulado de 12 meses — entre abril de 2024 e março de 2025 — a variação média no Estado foi de 10%. A região das Hortênsias mantém a cesta mais cara do RS, com valor de R$ 308,15, enquanto o Centro-Sul — que abrange municípios como Camaquã e Arroio dos Ratos — apresentou o menor custo, de R$ 276,09. Os dados constam no mais recente Boletim de Preços Dinâmicos, publicado mensalmente pela Receita Estadual.
Em março, as frutas tiveram a maior redução entre os grupos pesquisados, com queda de 8% em relação a fevereiro. O destaque foi o preço do quilo da bergamota, que caiu 54% na comparação com o mês anterior, reflexo do aumento da oferta da fruta típica do outono e inverno. Em março, a bergamota foi vendida a uma média de R$ 5,90 o quilo. O preço da maçã também recuou, sendo comercializada, em média, a R$ 10,90 o quilo, uma redução de 9% em relação a fevereiro.
Na esteira das frutas, os cereais e leguminosas também apresentaram redução no último mês, com queda de 6% na média estadual. O arroz branco, por exemplo, teve um recuo de 7%, sendo vendido, em média, a R$ 4,80 o quilo em março. O feijão preto também ficou mais barato, custando em média R$ 6,75 o pacote de um quilo, uma queda de 3%.
Hortaliças sobem, mas acumulam queda nos últimos 12 meses
As hortaliças apresentaram a maior alta de preços em março, com variação positiva de 20%. Apesar da elevação, o grupo ainda acumula uma redução de 26% nos últimos 12 meses. O tomate teve o maior aumento, saltando de R$ 3,99 para R$ 6,99 o quilo entre fevereiro e março. A cebola subiu 33%, sendo vendida a R$ 3,99 o quilo – apesar da alta no mês, o preço ainda está bem abaixo do registrado em abril de 2024, quando o quilo da hortaliça custava R$ 8,98.
O levantamento também apontou alta nos preços do ovo de galinha e do café moído. O café teve um aumento médio de 11% no Estado, enquanto o ovo subiu 10% no mês de março.
O Boletim de Preços Dinâmicos acompanha as variações de preço registradas nas Notas Fiscais do Consumidor Eletrônicas (NFC-e) de 63 alimentos, distribuídos em 12 grupos. O levantamento considera os alimentos mais representativos na dieta dos gaúchos, com base na Pesquisa de Orçamentos Familiares, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).