A Secretaria da Saúde (SES) confirmou nesta quinta-feira (28/7) o quinto caso de monkeypox, a varíola dos macacos, no Rio Grande do Sul. Trata-se de uma moradora do Caxias do Sul. Ela não tem histórico de viagem, e no momento é investigado um possível contato com pessoas que tenham viajado e apresentado sintomas.
O teste para a confirmação foi realizado pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde por exames de identificação genética do vírus. A paciente já passou por atendimento médico e seguirá sendo monitorada, assim como seus contatos, pela SES e Secretaria de Saúde do município.
Situação da monkeypox no RS
Casos confirmados:
• Porto Alegre: três homens (sendo um deles, residente do exterior em viagem à cidade)
• Uruguaiana: uma mulher
• Caxias do Sul: uma mulher
Sobre a doença
A monkeypox é uma doença causada por um vírus, que foi diagnosticada e identificada pela primeira vez na década de 60. Primeiramente, foi identificada em macacos e, por isso, ficou conhecida como “varíola dos macacos”. Essa doença tem caráter endêmico em alguns países da África Central e da África Ocidental. Ao longo da história da saúde pública mundial, houve surtos em alguns países, como, por exemplo, nos Estados Unidos, mas com poucos casos. Neste ano, no entanto, foi identificado o primeiro grande surto em países não endêmicos, ou seja, países que não são da África Central e da África Ocidental, com circulação sustentada do vírus.
Transmissão, prevenção e tratamento
A principal forma de transmissão é por meio do contato por pele com pele, secreções ou por objetos pessoais do paciente infectado. O período de incubação (tempo entre o contágio e o aparecimento de sintomas) é de geralmente 6 a 13 dias, mas pode chegar a até 21 dias. Inicialmente, a pessoa apresenta febre, dor de cabeça intensa, dor nas costas e inchaço nos linfonodos (no pescoço, axila ou virilha). Lesões na pele costumam a surgir mais frequentemente na face e extremidades.
Considerando que a transmissão ocorre por contato direto prolongado com pessoas infectadas e/ou por objetos contaminados (como toalhas, lençóis, talheres) recomendam-se como formas de prevenção o isolamento dos doentes (com uso de máscara) e a intensificação de medidas de higiene individuais (lavagem de mãos) e ambientais (desinfecção de superfícies de toque do paciente). Os pacientes diagnosticados devem receber líquidos e alimentos para manter o estado nutricional adequado e manter as lesões cutâneas limpas e secas.