Realizado 1º Encontro de Justiça Restaurativa na Comarca de Santo Ângelo

Foram encerradas, nesta sexta-feira (24/3), as atividades do 1º Encontro Regional de Justiça Restaurativa. O evento, uma realização do TJRS em parceria com o Município de Santo Ângelo e a URI – Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, teve início nessa quinta-feira, 23/3, e reuniu especialistas que explanaram suas vivências, origens, experiências e o futuro da prática voltada para a pacificação social.

. Ainda dentro da programação, aconteceu a palestra do Desembargador do TJRS, Leoberto Brancher, considerado referência em Justiça Restaurativa no país.

O Desembargador do TJRS, Leoberto Brancher, ressaltou a relevância do evento: “O engajamento dos magistrados e servidores da região e a mobilização que estão produzindo são notáveis. Das seis comarcas envolvidas estiveram todos pessoalmente, e trouxeram comitivas de facilitadores e parceiros das redes locais, principalmente escolas. Todos contando entusiasmados o sucesso dos seus projetos e as transformações observadas nas suas comunidades. Em todas as falas também podemos sentir o papel decisivo e o frutificar das formações oferecidas pelo Tribunal”, disse o Desembargador. Para o magistrado a Justiça Restaurativa é uma Justiça considerada “multiportas”, de vocação comunitária e com movimentos que logo estarão em todas as portas de escolas, presídios, centros comunitários e não apenas nas portas do Judiciário.

O Juiz de Direito e coordenador do Cejusc da Comarca de Santo Ângelo, Luiz Carlos Rosa, celebrou a realização do evento: “O Encontro, para nós do Cejusc de Santo Ângelo, foi histórico. Conseguimos reunir várias comarcas da região, com seus grupos de facilitadores. Todos saíram mais mobilizados, fortalecidos e confiantes de que a JR é uma importante alternativa para os desafios que temos em nosso cotidiano, no sistema de Justiça e em toda comunidade”, disse.

Fazendo parte da programação de palestras, participou na manhã desta sexta-feira o Juiz de Direito, Fábio Vieira Heerdt, que também elogiou a iniciativa: “Foi muito produtivo e, acima de tudo, mostrou o quanto os juízes e servidores daquela região estão conectados às suas comunidades, trabalhando questões sociais mais pulsantes, por meio de práticas restaurativas”. O magistrado foi um dos convidados para falar sobre O Papel do Judiciário na aplicação e difusão da JR – a Experiência do CEJUSC JR em Porto Alegre. “Fomos levar a experiência do Cejusc Justiça Restaurativa de Porto Alegre, trabalho do qual nossa equipe muito se orgulha, por também estabelecer conexões importantes com a comunidade, ao desenvolver ações na área criminal, da infância e juventude, no ambiente escolar e com pessoas em situação de vulnerabilidade”, explicou o Juiz Fábio.

Justiça Restaurativa
A Justiça Restaurativa é um método que busca valorizar a autonomia e o diálogo, criando oportunidades para que as pessoas envolvidas no conflito (autor e receptor do fato, familiares e comunidade) possam conversar e entender a causa real do conflito, a fim de restaurar a harmonia e o equilíbrio entre todos.