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Regional da Fetag de Ijuí aleta agricultores sobre possibilidade de restrições em novo plano safra

8 de julho de 2023

O novo plano safra do governo federal, período 2023/2024, está em vigência há uma semana, porém ainda existem detalhes a serem resolvidos, por exemplo, acerto de sistemas por parte de bancos e liberação de algumas linhas de financiamento. No que se refere à agricultura familiar, estão reservados 77 bilhões e 700 milhões de reais para todo Brasil, com a maior parte, 71,6 bilhões, para o Pronaf.

A coordenadora da regional da Fetag/Ijuí e segunda vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul, Elisete Hintz, ressalta que o volume de recursos é considerado suficiente para financiar as próximas lavouras, por exemplo, de soja e milho, além de investimentos, no entanto, a questão é o acesso a esse dinheiro.

Uma das preocupações da Fetag é quanto às recentes estiagens que fizeram com que muitos produtores familiares prorrogassem financiamentos, o que agora pode dificultar a busca por novas verbas. Outra situação é com os constantes pedidos de Proagro, visto perdas nas lavouras pela falta de chuva. Elisete Hintz esclarece que a União aumentou de três para sete o limite de solicitações de Proagro em cinco anos a fim de auxiliar agricultores a não ficarem impedidos de novos pedidos.

O problema é que esse limite começa a ser contado desde o ano de 2018 e cada Proagro não é por ano safra, mas conforme as safras em separado. Com isso, dentro do mesmo ano tem muitos agricultores que solicitaram Proagro para trigo, soja e milho, o que esgotou o número de sete pedidos para vários produtores e agora têm problemas em novo acesso. Na próxima semana, a Fetag vai estar em Brasília a fim de pedir que o governo federal tenha olhar diferenciado para o Rio Grande do Sul nesse caso de Proagro.

Hoje, a partir das 17 horas, Elisete Hintz vai ampliar esses temas durante entrevista no programa de Pejuçara pela RPI. A Fetag regional de Ijuí também abrange o município de Pejuçara. Ela ainda vai abordar a importância da volta do programa Mais Alimentos no plano safra da Agricultura familiar para permitir, por exemplo, compra de máquinas e implementos agrícolas, também sobre o aumento de recursos em financiamento para que jovens rurais comprem áreas de terra, além de crédito habitação para construção ou reformas de casas. Nesse último assunto, Hintz observa que o valor liberado é pouco se comparar com o preço alto dos materiais de construção.

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí