A situação da estiagem no Rio Grande do Sul vai ser melhor compreendida durante encontro, hoje, em Ijuí. O evento, iniciativa da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag), acontece no auditório da empresa Produtiva.
Nesta manhã a programação contou mais com presença dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais para organizar a pauta para discussões de hoje à tarde. Logo mais, a partir das 13 e 30, a reunião, em Ijuí, vai ter presença de representantes da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), Organização das Cooperativas do Rio Grande do Sul (Ocergs), Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado (Fecoagro) e Emater. Também foram convidados o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Adolfo Brito, o coordenador da bancada gaúcha no Congresso Federal, deputado federal Dionilso Marcon, e as secretarias estaduais de Agricultura e de Desenvolvimento Rural.
O tesoureiro geral da Fetag, Agnaldo Barcelos, ressalta que o evento em Ijuí vai oportunizar para ter uma visão mais detalhada das consequências da falta de chuva, situação que afeta, especialmente, as regiões das Missões e Central do Estado. Também frisou que haverá debate sobre novas regras do Proagro, que podem excluir muitos agricultores do benefício, visto várias solicitações que aconteceram pelas intempéries nos últimos anos.
Endividamento agrícola e formas de negociação são outros assuntos a serem abordados. Inclusive, poderá ser decido por realizar o Grito de Alerta neste ano em São Luiz Gonzaga e não em Três Passos, visto a estiagem na região missioneira.
Já o vice-presidente da Fetag, Eugênio Zaneti, disse nesta manhã para a RPI que a reunião em Ijuí deverá servir para pedir ao governo federal a repactuação de dívidas agrícolas com prazos mais alongados e revogação de resoluções, do ano passado, que alteram o Proagro. Destacou que se o Proagro ficar como está, o próximo plano safra vai excluir cerca da metade dos produtores do benefício. Eugênio Zaneti ainda defende que seja criado um fundo de catástrofe a fim de atender a área agrícola, pois secas e enchentes são cada vez mais recorrentes.