Apesar de ser um órgão duplicado no corpo humano e poder ser retirado com o paciente vivo, o rim lidera a lista de espera por transplantes no Brasil. Das 45,3 mil pessoas que aguardam um órgão no país, 42 mil estão na fila por um rim compatível. Os dados são do Ministério da Saúde. O cenário é fruto de um aumento de 57,6% nos casos de doença renal crônica desde 2014. Atualmente, há 155 mil pacientes em diálise no país em consequência de diferentes níveis de falência renal, sejam temporárias ou crônicas.
Em entrevista à RPI nesta segunda-feira (14), a médica nefrologista do HCI, Ana Lúcia Doile, esclareceu que a expectativa média de sobrevida de um transplante renal é de 12 a 15 anos. No entanto, há casos em que o enxerto renal permanece funcional por períodos significativamente mais longos. Ainda segundo ela, o transplante renal é efetuado após cadastro na Central de Captação de Órgãos do Estado, priorizando a compatibilidade entre doador e receptor para minimizar as chances de rejeição.
Diversos exames são realizados para assegurar que o doador não tenha doenças transmissíveis e que o rim esteja em condições ideais. Apenas no HCI, atualmente são cerca de 40 pacientes que aguardam por um transplante renal, já que nem todos os que fazem hemodiálise tem condições de entrar nessa lista, por diversos fatores.
Atualmente são cerca de seis transplantes anuais, realizados na casa de saúde, um índice que diminuiu bastante após a pandemia.
Na mesma entrevista, a profissional respondeu a dúvidas frequentes sobre o transplante renal, como por exemplo, os cuidados exigidos no pós-operatório e quais diagnósticos indicam a necessidade de uma transplantação.
A entrevista na íntegra está disponível abaixo: