A campanha de vacinação contra a monkeypox (mpox) iniciou-se no Estado, nesta terça-feira (11/4), a partir de Porto Alegre. As 1.450 doses do imunizante recebidas pela Secretaria da Saúde (SES) serão destinadas aos grupos vulneráveis à pré e à pós-exposição ao vírus causador da doença, como pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHA), pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para mpox e profissionais de laboratório.
O esquema de aplicação será realizado em duas doses, com intervalos de um mês entre elas, permitindo vacinar 725 pessoas neste primeiro momento. “São pessoas com a condição imunológica bastante prejudicada, com mais risco de adoecimento e de morte se tiverem mpox”, explicou a especialista em Saúde do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Fernanda Maria da Rocha. A campanha de vacinação contra a mpox não será aberta ao público em geral, diferentemente das demais campanhas.
As vacinas serão divididas entre três públicos-alvo:
Ampliação da vacinação
A vacinação será ampliada para os demais municípios conforme os serviços municipais de saúde identificarem as pessoas selecionadas para receberem a vacina e organizarem a logística local para a aplicação. “As vacinas ficam congeladas com validade até 2025, sem risco de perda”, completou Fernanda. Após resfriadas, a validade é de quatro semanas.
Cenário epidemiológico
O Ministério da Saúde considera que o atual cenário epidemiológico da mpox apresenta queda progressiva no número de casos em todo o mundo, incluindo no Brasil, e que a principal estratégia de contenção é a identificação de casos e rastreamento de contatos. A atual estratégia de vacinação tem como objetivo principal a proteção dos indivíduos com maior risco de evolução para as formas graves da doença.
O Rio Grande do Sul registrou, no período entre 2022 e março de 2023, 329 casos de mpox. Não houve no Estado nenhum caso de óbito em decorrência da doença.