O Rio Grande do Sul já registra três mortes de crianças por dengue só em 2023. Nesta terça-feira, 9, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) confirmou o óbito de um menino de quatro anos, morador de Porto Alegre. Ele não tinha comorbidades e morreu no dia 2 de maio.
As outras duas crianças vítimas da doença são também um menino de quatro anos, com comorbidade, morador de Lajeado, no Vale do Taquari; e uma menina de 10 anos, residente de Passo Fundo, no Norte, sem nenhuma doença prévia.
Entretanto, de acordo com a especialista, não é comum crianças morrerem em decorrência da dengue.
— A gente não pode dizer que é comum ter óbitos em crianças por causa dessa doença. Claro que a criança é mais frágil, às vezes, acaba demorando mais pra verificar os sintomas. Se ela já está com sintomas, às vezes, não consegue relatar onde é a dor e acaba procurando atendimento um pouco mais tardiamente. Já o adulto é mais consciente, então sabe do seu nível de dor — relata Catia.
Os sintomas mais comuns de quem está com dengue são febre, náusea, vômito, irritação na pele e dor atrás dos olhos.
— No surgimento dos primeiros sintomas, procurar um atendimento médico. Qualquer suspeita com uma criança, ou um adulto, ou um idoso, que se inicie a hidratação já em casa até chegar a um atendimento médico — explica.
Quanto à prevenção, segundo a especialista, o principal combate à dengue ainda é a eliminação dos focos de reprodução do mosquito Aedes aegypti, mas o uso de repelente também é recomendado.
— A maneira mais eficaz de a gente combater o mosquito é não deixar a água parada, né? Eliminar focos dentro das nossas residências.
O total de mortes por dengue no Rio Grande do Sul em 2023 chega a 21. Os outros óbitos aconteceram nas cidades de Bento Gonçalves, Encantado, Gramado, Ibirubá, Ijuí, Jaguari, Jóia, Lindolfo Collor, Morro Reuter, Não-Me-Toque, Nova Alvorada, Novo Barreiro e Selbach.
No total, neste ano, o Rio Grande do Sul já confirmou 12.492 casos da doença. Desses, 11.414 são autóctones, ou seja, foram contraídos dentro do Estado. De acordo com a SES, 91,95% dos municípios gaúchos estão infestados pelo Aedes aegypti. São 457 das 497 cidades com alto risco de contaminação de dengue, chikungunya e zika.
Em 2022, o RS registrou seus maiores índices da doença em toda a série histórica. Foram mais de 57 mil casos de contração da doença dentro do Estado e outros 11 mil casos importados. Ao todo, foram 66 óbitos em virtude da dengue no ano passado – desses, duas vítimas tinham menos de 14 anos.