O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) emitiu nessa semana um comunicado de risco devido ao aumento no número de casos de dengue registrados no Rio Grande do Sul. Em um ano, as notificações aumentaram quase 5,5 vezes; os casos confirmados, 6,3 vezes; e os óbitos, 6 vezes.
No ano passado foram 16 mil 590 notificações. Neste ano já foram mais de 90 mil. Sobre casos confirmados no estado, em 2021 foram 10 mil 591. Neste ano já são 66 mil 741. No que se refere a mortes pela doença, neste ano foram 66 óbitos no Rio Grande do Sul, sendo que em 2021 foram registradas 11 mortes, ou seja, houve um aumento de 73.415 notificações de 2021 para 2022. Em um ano, foram mais 56.150 casos confirmados. Quanto aos óbitos, foram 55 casos a mais neste ano, em relação ao ano passado.
Ainda segundo o Centro Estadual de Vigilância em Saúde, neste ano o Brasil todo teve um aumento no número de casos. Hoje, segundo a CEVS, 91% dos municípios gaúchos estão infestados pelo mosquito Aedes Aegypti transmissor da dengue e outras doenças como Chikungunya, a Zika e a febre amarela urbana
Em Ijuí, segundo o coordenador da Vigilância em Saúde, Ortiz Júnior, o aumento de positivados em relação ao ano passado também é significativo. Neste ano foram 157 casos confirmados, enquanto em 2021 foram apenas 29, ou seja, em 2022 o aumento já foi de 441,38%.
No entanto, sobre os confirmados, Ortiz explica que alguns casos receberam a confirmação apor aprimoramento clínico, ou seja, se outros integrantes da mesma família de uma pessoa que já positivou apresentar os mesmos sintomas, eles também serão notificados como positivos.
Sobre o número de casos suspeitos, Ortiz destaca que em Ijuí essa questão é tratada de forma muito pontual: “nós temos uma relação muito boa com a rede de atenção básica do município, ou seja, quando qualquer paciente procurar por consulta na rede, ele já será notificado como suspeito. Depois da coleta dos materiais necessários uma equipe da Vigilância Ambiental faz a análise e identifica quais casos merecem mais atenção. Imediatamente nossos agentes vão a esses locais e observam uma série de fatores para então decidir se haverá necessidade de aplicação de inseticida” comenta Ortiz.