Fiscais estaduais agropecuários e técnicos agrícolas da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) realizaram nesta semana as primeiras coletas de amostras de sementes do Programa Troca-Troca de Sementes nas regiões Noroeste e Alto Uruguai, com o objetivo de verificar a qualidade da semente ofertada ao produtor gaúcho. Foram coletadas 58 amostras de sementes de 25 variedades de milho, sendo:
“A ação é pioneira no estado envolvendo o Programa Troca-Troca de Sementes e conta com a participação de três Departamentos da Secretaria: fiscalização, pesquisa e agricultura familiar. Com isso, a Seapdr estará chancelando, através das análises, a qualidade das sementes entregues ao produtor gaúcho”, destaca Rafael Friedrich de Lima, chefe da Divisão de Insumos e Serviços Agropecuários da Seapdr.
As amostras são aleatórias, respeitando a legislação de sementes e mudas, mas com todo o cuidado necessário para serem representativas. O comerciante da semente, assim como quem produziu, tem a obrigação de fornecer boletim de análise da semente, documento pelo qual se tem a qualidade da semente. Dessa forma, o trabalho de amostragem visa conferir os padrões informados no boletim.
Outras coletas de amostras ainda serão realizadas, estando na previsão a coleta diretamente nas propriedades rurais, quando, por exemplo, a semente vêm de fora do Rio Grande do Sul e é entregue diretamente para o agricultor. Só neste ano, o Programa Troca-Troca vai atender 50.800 agricultores. No total, entre safra e safrinha, foram disponibilizadas 150.436 sacas, sendo 145.361 de milho e 5.075 de sorgo.
“Essa ação inédita, construída em conjunto com vários setores da Secretaria, visa qualificar o Programa, pois com a amostragem e análise das sementes poderemos apresentar aos agricultores que serão beneficiados a confiança e qualidade das sementes ofertadas”, afirma Jonas Wesz, coordenador do Programa Troca-Troca. O programa foi criado em 1988 e é umas das políticas públicas de fomento mais antigas no Rio Grande do Sul para a agricultura familiar.
As 58 amostras de sementes de milho começaram a ser analisadas hoje (17) pelo Laboratório de Tecnologia de Sementes (LTS) do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA) da Secretaria, considerado laboratório oficial pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Serão feitas análises de germinação e pureza. Para a análise do material coletado neste programa será utilizada a metodologia estabelecida nas Regras de Análise de Sementes (RAS, 2009). O prazo para cada amostra ficar pronta é de 10 dias.
O LTS mantém seu credenciamento como laboratório oficial de análise de sementes (LASO) de espécies de grandes culturas, forrageiras, hortícolas, florestais, medicinais, condimentares, aromáticas e frutíferas. “Como LASO, Laboratório de Análise de Sementes Oficial, o LTS está apto a análise e emissão de laudos oficiais de fiscalização, atendendo ao setor de fiscalização da Seapdr, que detém essa prerrogativa”, afirma a pesquisadora e responsável técnica do LTS-DDPA Daiane Lattuada.