Com uma diretoria voltada exclusivamente para o interior do Estado, o Simers – Sindicato Médico do Rio Grande do Sul – busca focar mais o trabalho para diferentes regiões. Durante entrevista hoje pela manhã na RPI, o diretor do Simers para o interior, Fernando Uberti Machado, disse que muitas vezes a precariedade de trabalho para os médicos no interior gaúcho é mais latente do que em Porto Alegre e região Metropolitana.
Segundo ele, a ingerência política é um dos fatores que impedem que médicos fiquem atuando na rede pública dos municípios. Citou denúncias de que prefeitos, vereadores e secretários de Saúde denigrem a imagem dos médicos ou realizam assédio moral para que esses profissionais atendam os interesses políticos.
Fernando Uberti Machado ainda destacou que a falta de infraestrutura básica é outro problema, especialmente em municípios pequenos. Uma das alternativas para melhorar essa realidade, conforme o diretor do Simers para o interior, é a criação de plano de metas, ao invés de uma carga horária fixa de trabalho.
Ele ressaltou que a ideia é implantar uma meta de número de pacientes a serem atendidos, de acordo com a média dos últimos anos, para que o médico não precise ficar no trabalho até o fim do horário estipulado, caso não tenha pessoas para atender.