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Situação de emergência: Tupanciretã registra cerca de 55% a menos de chuva nos últimos quatro meses

7 de dezembro de 2022

O município de Tupanciretã registra cerca de 55% a menos de chuva nesses últimos quatro meses, em relação a média histórica para o mesmo período, que abrange 32 anos. Durante entrevista na RPI, o agrônomo e pesquisador, José Domingos, disse que toda a cadeia agrícola já sente a falta de umidade no solo, mas especialmente o milho, o que vai se traduzir em problemas, por exemplo, na silagem, por consequência, reflexos na produção de leite. Diante disso, Domingos entende que a agricultura familiar vai ser a mais afetada.

A soja também sobre com a falta de chuva. A estimativa é que em Tupanciretã falte plantar 30% da oleaginosa. Em função da falta de chuva, a prefeitura de Tupanciretã decretou situação de emergência no município. O decreto visa facilitar busca de auxílio para atender as áreas afetadas. Aliás, Tupanciretã é o primeiro município gaúcho a decretar emergência por conta da falta de chuva no atual período. Duas famílias do interior do município estão com poços secos e têm de ser atendidas com caminhões-pipa.

Devido a baixa precipitação climática, a bacia hidrográfica do rio Ijuí demanda atenção pela redução do nível de água nos rios, segundo a secretaria estadual do Meio Ambiente. O coordenador do Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos da secretaria estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Flavio Varone, alerta para a elevação das temperaturas no final deste ano. No entanto, os modelos meteorológicos apontam para perda de força do efeito La Ninã a partir de janeiro, com tendência para a normalidade.

O meteorologista frisa que não há previsão de uma estiagem ampla, como no ano passado, mas estiagens localizadas em determinadas regiões do Estado, que são comuns no verão. A pior situação vai ser neste mês, mas alguns modelos preveem chuva boa em janeiro e fevereiro.

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí