Com 10% da área de trigo já colhida no Rio Grande do Sul, as produtividades situam-se ao redor dos 2.900 quilos por hectare, com qualidade entre regular e boa. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar, as chuvas recorrentes e os dias nublados trazem apreensão aos produtores, que receiam perdas em qualidade do produto com a maior exposição do grão em maturação à umidade ambiente.
Essas condições também têm provocado a ocorrência de giberela e brusone, doenças que tendem a diminuir a produtividade das lavouras e a depreciar a qualidade dos grãos colhidos. “Espera-se que durante o final desta semana a colheita se intensifique e seja possível observar, com maior precisão, os danos ocorridos”, destaca o diretor técnico da Emater/RS, Lino Moura.
As lavouras de canola do estado estão em maturação dos grãos e colheita. Caso as condições do tempo permitam, a colheita deve finalizar em algumas regiões, como Noroeste e Missões. No Planalto Médio, a colheita deverá iniciar nos próximos dias.
No Noroeste, as últimas áreas a serem colhidas têm apresentado grande debulha das síliquas, o que pode diminuir a rentabilidade das lavouras. A cultura apresenta bons índices de aceitação pelos produtores, pois com preços iguais aos da soja, ela promove boa rentabilidade e diversifica a propriedade.
GRÃOS DE VERÃO
A semeadura do milho avançou pouco e atinge 55% da área plantada no estado. Atualmente, 98% das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo e 2% entrando na fase inicial de floração. No geral, as lavouras expressam bom estado fitossanitário e bom desenvolvimento vegetativo, com as plantas apresentando tonalidade verde-escuro e atingindo porte considerado satisfatório.
Na soja, a semeadura segue lenta, em função das chuvas ocorridas em áreas mais ao Norte do RS. Mesmo assim, cerca de 60 mil hectares já estão plantados, principalmente nas Missões e no Noroeste. A expectativa é que a prática se intensifique na última semana de outubro e no início de novembro.
O feijão 1ª safra é semeado em várias regiões produtoras. No Baixo Vale do Rio Pardo, a semeadura foi concluída e no Alto da Serra do Botucaraí e Centro-Serra segue em ritmo normal. No Litoral Norte, a implantação das lavouras já ultrapassa os 60% da área estimada. No Alto Jacuí e Noroeste Colonial, o feijão está em desenvolvimento vegetativo.
Com a pouca chuva ocorrida no Centro e Oeste do Estado, os orizicultores dessas regiões puderam acelerar o plantio da nova safra, fazendo com que o percentual de área plantada em nível estadual chegue a 25% do total previsto. Apesar do esforço, esse percentual não atinge a média para o período, que é de 28%.