A Ceriluz está preparando a venda de créditos de carbono a partir das usinas CGH Augusto Pestana e PCH Linha Onze, empreendimentos em construção e que já estão credenciados junto à Organização das Nações Unidas (ONU) com essa finalidade. Os Créditos de Carbono visam a diminuição dos gases de efeito estufa que provocam diversos problemas ambientais associados às mudanças climáticas. Esses créditos fazem parte de um mecanismo de flexibilização que auxilia os países e empresas que possuem metas de redução da emissão de gases poluentes a alcançá-las, adquirindo esses créditos de empresas e empreendimentos que não geram impactos.
Esse trabalho de credenciamento dos projetos da Ceriluz junto aos organismos de validação e ao mercado de créditos de carbono está sendo feito pela WMF Energy, empresa que atua no mercado ambiental internacional prestando consultoria e desenvolvendo projetos para diversos setores. Para o diretor secretário da Ceriluz, Sandro Lorenzoni, que gerencia as negociações, esse é o resultado de um longo trabalho e recompensa os cuidados ambientais adotados pela Cooperativa em seus projetos. “É um benefício a mais que temos por meio desses dois projetos, onde se somam a produção de energia e a comercialização dessas commodities, para a geração de resultados e retorno aos nossos associados”, afirma. Para o presidente da Ceriluz Geração, Iloir de Pauli, isso coloca a Ceriluz em um novo patamar no que se refere às questões ambientais, que sempre foram uma prioridade. “Nós sempre investimos para reduzir ou compensar os impactos ambientais de nossas usinas. Agora, todo esse investimento foi reconhecido internacionalmente e nos coloca no cenário ambiental mundial”, avalia Iloir.
Para o presidente da WMF Energy, Alexandre da Rosa, que esteve em visita à Ceriluz e às usinas contempladas no projeto nos dias 06 e 07 de outubro, a Ceriluz compreendeu o mercado dessa commoditie e a converteu em uma estratégia de negócio. “A Ceriluz, a partir do momento em que estes dois projetos de geração de energia foram listados na ONU, adquiriu uma vantagem competitiva frente a qualquer companhia de energia que tenha suas emissões declaradamente evitadas”, complementa. Ele explica que o processo de habilitação de um empreendimento para venda de créditos de carbono envolve várias etapas onde, em cada uma, é preciso obedecer regras rígidas pré-estabelecidas. O trabalho de habilitação dos projetos da Ceriluz já se encontra em estágio final, de preparação dos créditos para a venda. A expectativa é que os primeiros resultados financeiros sejam percebidos no início de 2023.
Outra experiência – Essa não será a primeira vez que a Ceriluz receberá valores oriundos de Créditos de Carbono. No ano de 2007 a Cooperativa recebeu o montante de R$ 600 mil referentes à venda de créditos de carbono retroativos à produção de energia da Usina José Barasuol, entre os anos de 2004 – quando entrou em operação – e maio de 2007. Na época a Cooperativa vendeu seus créditos para uma empresa holandesa.