Uso do pó de rocha na agricultura pode ser alternativa para reduzir custos e melhorar o solo

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Um assunto antigo, mas que aos poucos começa gerar mais interesse, inclusive em Ijuí e região; trata-se do uso do pó de rocha, ou pó de pedra, na agricultura. O tema foi tratado, na última quarta-feira, durante seminário em Ijuí.

Um dos palestrantes foi o professor/biológo, Bernardo Knapik, da Universidade Estadual do Paraná. Residente no município de Porto União, em Santa Catarina, o docente aplica na própria propriedade o produto. Segundo ele, isso significa uma nova agricultura, com insumos através do pó de rocha, até para reduzir a dependência de fertilizantes e outros produtos convencionais.

O professor Bernardo observa que a utilização da rochagem ou mineralização trabalha com a natureza, pois devolve para a terra elementos naturais, como iodo, titânio, dentre outros. Como prevaleceu o aspecto comercial no segmento de adubação, com produção de materiais, por exemplo, com potássio e fósforo, o docente entende que os alimentos se tornaram mais fracos, diante disso, a necessidade de medicamentos e suplementos alimentares para as pessoas.

Ontem, às 6 horas e 30 minutos, Bernardo Knapik ampliou o tema durante entrevista no programa Progresso Rural da RPI. Além de lavouras, existem estudos para uso do pó de rocha em ração para aves e animais. O professor da Unespar comentou que o Brasil é rico em rochas, inclusive na região Sul. Há exemplos de áreas vulcânicas e sedimentares. Ele cita exemplo do município de Soledade, onde conhece rocha com possibilidade de produzir material para o agronegócio.

“Sempre é interessante ver em cada região o que tem de rochas boas”, ressalta Knapik. Porém, para ser viável, ele entende que as propriedades precisam estar situadas num raio de até 300 quilômetros das rochas, caso contrário o transporte se torna muito oneroso. Com análise química e moagem adequada, o produto pode ser alternativa interessante para aplicação juntamente com fertilizantes químicos. Além disso, o pó de pedra repõe no solo o que foi retirado pelas plantas. O Progresso Rural vai ser reprisado a partir das 22 horas de hoje, no programa Companhia da Noite da RPI.

Abaixo, confira entrevista com Bernardo Knapik

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