Os 11 prefeitos da região da Amuplam se reúnem amanhã, às 15h30, para debater dois temas relevantes às comunidades locais. O primeiro tema é a proposta de volta às aulas, elaborada pelo governo do Estado e apresentada no início desta semana. Pelo calendário preliminar, as redes públicas estaduais e municipais, bem como a rede privada, poderia retomar as aulas presenciais gradativamente já a partir do dia 31 de agosto. O retorno escalonado começaria pela educação infantil. Para ir em frente, a proposição precisa ser apoiada pelos gestores municipais. Em conversa com a reportagem da RPI, o presidente da Associação de Municípios do Planalto Médio, Eduardo Buzatti, afirmou que a proposta é absurda. “É uma temeridade muito grande, um absurdo. Não vou me responsabilizar pela saúde e pela vida daqueles que concordarem com esse retorno, justamente no momento em que o Coronavírus avança rapidamente na nossa região. Ouso dizer que essa proposição é uma tentativa do governo do Estado de transferir a responsabilidade aos municípios”, disse o gestor. Segundo ele, também não faz sentido começar o retorno escalonado pela educação infantil, onde há maior dificuldade de evitar o contato entre os alunos.
Outro ponto de pauta da reunião da Amuplam nesta quinta é o sistema de distanciamento compartilhado, proposto pelo governo estadual. Para contestar a classificação de bandeiras, as associações regionais terão que criar comitês científicos, e semanalmente analisar uma série de dados para, só depois, adotar regras diferentes das impostas pelo Estado. Na avaliação do presidente da Amuplam, a região, composta majoritariamente por pequenos municípios, não possui condições de criar o comitê. Com isso, o encaminhamento deverá ser o de manter o alinhamento com a classificação de bandeiras imposta pelo governo estadual, da mesma forma que ocorre atualmente.