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Denúncias de violência contra a mulher seguem em patamar elevado no RS, aponta estudo

8 de março de 2022

Ainda que de forma menos intensa, a pandemia seguiu afetando especialmente as mulheres no Rio Grande do Sul em 2021. Conforme dados da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos, ligada ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, das 14.985 denúncias recebidas pelo órgão, 4.417 tratavam de violência de gênero, o que representou 29,5% do total. O percentual representa uma leve queda em relação a 2020 (33,9%) e está equiparado com o registrado no Brasil, que tinha 30% do total de denúncias relativas a violações contra a mulher.

O ambiente doméstico foi o local que concentrou 87,7% das denúncias de violência contra a mulher no RS, acima dos 85,3% registrados em 2020, e tinham os cônjuges ou ex-cônjuges como principais suspeitos, em 63,6% das denúncias de 2021 contra 58,1% em 2020. Os dados estão em destaque no estudo “Igualdade de Gênero: apontamentos dos efeitos da pandemia”, divulgado nesta terça-feira (8/3) pela Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG).

O documento sobre igualdade de gênero é produzido desde 2019 e foi elaborado pela pesquisadora Mariana Lisboa Pessoa e pelos pesquisadores Guilherme Sobrinho e Raul Bastos do Departamento de Economia e Estatística (DEE/SPGG). O material mostra a evolução dos indicadores do RS na busca pelo cumprimento de um dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), que trata da promoção da igualdade de gênero como forma de reduzir as desigualdades sociais.

Questões relativas à violência de gênero, inserção da população feminina no mercado de trabalho, acesso a políticas públicas, participação em cargos de chefia e eletivos e da saúde sexual e reprodutiva das mulheres estão entre os aspectos abordados na atualização do estudo.

“Com o seguimento da pandemia em 2021, a análise dos indicadores mostrou que as mulheres continuam sendo as mais afetadas pelas medidas de isolamento social. A violência contra a mulher segue uma das principais problemáticas relacionadas a esse cenário”, avalia Mariana.

Fonte: planejamento.rs.gov.br