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Abertura da colheita no milho no RS também serve para demonstrar novas áreas para expandir a cultura

26 de fevereiro de 2024

A 11ª abertura oficial da colheita do milho no Rio Grande do Sul vai acontecer nesta terça-feira, no município de Santa Vitória do Palmar, sul do Estado. Às 8 horas e 30 minutos vai ocorrer recepção e visitação aos estandes dos apoiadores. Logo após, haverá roteiros técnicos nas lavouras de milho com demonstração da eficiência da drenagem em terras baixas. A solenidade de abertura da colheita está marcada para às 11 horas.

O presidente da Apromilho – Associação dos Produtores de Milho do Rio Grande do Sul, Ricardo Menegheti, ressalta que a escolha pela realização do evento no extremo sul gaúcho serve para demonstrar a produção do cereal nas áreas com sulco-camalhão, o que já se traduz em bons resultados.

O objetivo é expandir essa tecnologia para demais municípios do sul do Estado, a fim de ajudar o Rio Grande do Sul a se tornar auto suficiente na produção de milho. O sulco-camalhão é uma porção de terra de lavoura um pouco mais elevada, como se fossem pequenos canteiros, com área de córrego de água entre eles. O plantio acontece na parte alta. Isso é bastante utilizado em áreas de arroz.

Ontem, às 6 horas e 30 minutos, Ricardo Menegheti, que é agricultor no município de Chiapetta, falou mais sobre a abertura da colheita do milho e o sulco-camalhão, numa entrevista no programa Progresso Rural da RPI. Conforme o presidente da Apromilho, a tecnologia ajuda na irrigação, em períodos de estiagem, e na drenagem, quando existe muita chuva, por isso, se adapta para o milho.

Mengheti ainda abordou, ontem pela manhã, no Progresso Rural, o andamento da atual safra de milho no território gaúcho. Dentre os cerca de 820 mil hectares, já está confirmada quebra de aproximadamente 20% do rendimento, visto que o excesso de chuva, a partir de setembro do ano passado, causou doenças no cereal.

A colheita, no Estado, está em cerca de 60%. Em Ijuí, a colheita já foi concluída, com produtividade, em algumas lavouras, de 110 a 120 sacas por hectare, mas em outras de 85 a 90 sacas. Poucas áreas chegaram a cerca de 140 sacas. A expectativa era de 170 a 180 sacas.

O Rio Grande do Sul consome, anualmente, de 6 a 7 milhões de toneladas de milho, porém, não produz esse quantitativo, por isso, precisa importar. Nessa safra a projeção era produzir cerca de 6 milhões de toneladas, o que não vai ocorrer. O Progresso Rural vai ser reprisado hoje, a partir das 22 horas, no programa Companhia da Noite da RPI. Abaixo, confira a entrevista com Ricardo Menegheti.

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí