De acordo com apresentação de Ziulkoski, dos 476 Municípios gaúchos afetados pela tempestade deste ano, 189 enviaram informações por meio do sistema federal do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR). “A situação é muito grave e os números ainda estão sendo atualizados. Para reconstrução, zero centavos foi pago, até agora. Faz um mês e meio que ocorreu o desastre. Uma coisa é a promessa, outra é quando se puxa no orçamento o que foi repassado efetivamente”, lamentou.
Como exemplo, citou os prejuízos enfrentados pelos Municípios gaúchos em setembro de 2023. “Do ciclone de setembro do ano passado, o governo prometeu R$ 740 milhões e só pagou R$ 82 milhões, 11%”, destacou. Com o apoio da equipe técnica da CNM, Ziulkoski mostrou que o governo destinou especificamente às prefeituras gaúchas, desde o início das chuvas, R$ 439 milhões, englobando pouco mais de 200 Municípios. No Rio Grande do Sul, os prejuízos na habitação foi de R$ 4,6 bilhões.
Pesquisa da entidade mencionada pelo presidente da CNM aponta que 68% dos Entes municipais não receberam recursos da União ou do Estado para ações de prevenção. Além disso, o estudo mostrou que apenas 2 em cada 10 Municípios se consideram preparados para enfrentar anormalidades Mais 2,5 mil não têm estrutura de Defesa Civil. “Prevenção é zero. Tem um fundo de 1969 e circulou zero de recursos”, reclamou.
|