A primeira avaliação do programa Monitora Ferrugem, safra da soja 2024/2025, em Ijuí comprova a existência de esporos de ferrugem asiática. O resultado é da análise feita da lâmina do ponto de coleta de esporos retirada semana passada. A estrutura está implantada em lavoura, na Linha 5 Oeste, organizada pela Emater, e nesse ano começou a funcionar no último dia 14.
Foram confirmados 293 esporos, número bastante alto. O agrônomo da Emater, João Burati, afirma que Ijuí apresenta nível de risco muito elevado para a doença. Esclarece que a presença de esporos não significa que existe caso de ferrugem asiática, porém, se tiver condições de umidade adequada, os esporos se instalam na soja plantada no atual período, consequentemente, com desenvolvimento da doença. O acompanhamento é semanal.
Dentre os municípios acompanhados pelo programa Monitora Ferrugem, Cruz Alta apresentou o maior número de esporos nessa primeira avaliação, com 1.354. Já no ponto de coleta, em Jóia, detectados 185 esporos; Ronda Alta, 98; Santo Augusto, 228; Tenente Portela, 88; e Chapada, 171. Já em Capão do Cipó, Santa Rosa, São Luiz Gonzaga e Santo Antônio das Missões não houve constatação de esporos de ferrugem asiática.
O objetivo do acompanhamento é alertar agricultores sobre possibilidade da doença na soja, a fim de que sejam adotadas medidas antecipadas para evitar prejuízos na oleaginosa. A estrutura de coleta de esporos de ferrugem asiática é composta de um cano de PVC que possui uma lâmina de vidro com fita, onde os esporos ficam grudados.
Todas as segundas-feiras essa lâmina é levada para laboratório, a fim de ser realizada análise para saber se confirma ou não a ferrugem asiática. João Burati esclarece que existem massas de ar oriundas do Paraguai e da região centro-oeste do Brasil, que podem trazer a ferrugem asiática para Ijuí e região.