Buracos, mato e sinalização precária, um retrato da ERS-522

Poucas coisas são mais desagradáveis do que você esperar um final de semana, ou até mesmo seu período de férias para aproveitar com a família e, ao pegar a estrada ter problemas com, sobretudo, quebra de suspensão, amortecedores, ou ainda prejuízo com pneus.

Na região, apesar das recuperações da ERS-342 entre Ijuí e Catuípe e da ERS-155 entre Ijuí e Santo Augusto e das frequentes operações tapa-buracos entre Ijuí e Cruz Alta, uma rodovia clama por socorro. Trata-se da ERS-522, estrada de vital importância para escoamento da safra, sobretudo do município de Augusto Pestana.

A rodovia que une Ijuí ao município e ele até Joia tem pequenos trechos que podem até mesmo ser comparado com uma boa rodovia, entretanto, são poucos e pequenos. Nesta semana a reportagem RPI realizou novamente o deslocamento nos primeiros 20 km da estrada e o que vimos, outra vez, foi bastante preocupante.

Recentemente o governo do estado realizou reparos para fechar alguns dos buracos que atrapalhavam a vida dos transeuntes, entretanto o grande volume de chuva acumulado no começo de janeiro, associado a alguns poucos motoristas que ainda insistem em trafegar com sobrepeso em seus veículos fez com que novamente os buracos surgissem.

Próximo do acesso a Sabeve – Serviço de Amparo Bem-Estar da Velhice, um buraco, bastante conhecido dos motoristas que passam com frequência pelo local, torna-se um verdadeiro problema para aqueles que acreditam ter a possibilidade de rodar no limite máximo permitido pela rodovia. Muitos ao caírem ali têm pneus furados ou até mesmo rasgados devido o péssimo estado de conservação da estrada.

Mais adiante, logo nos primeiros quilômetros após o pórtico de Augusto Pestana o problema se agiganta. Buracos e mais buracos fazem os motoristas criarem pistas específicas para passar com seus veículos. Fora isso, a ausência de acostamento na maior parte da extensão da rodovia torna-se noutro problema, afinal, motoristas cujos veículos têm pneus furados não tem outra opção a não ser parar praticamente sobre a rodovia para a troca dos mesmos, criando aí um risco maior de atropelamento.

As placas de sinalização existem. Umas visíveis, outras cobertas parcialmente pelo mato que quase chega ao asfalto (ou ao que sobra dele) e outras que, além de estarem cobertas pelo mato ainda estão sujas de terra a ponto de não se identificar o que está escrito. No mesmo quesito, a pouca frequência de placas de identificação de quilometragem na estrada torna o problema maior, uma vez que motoristas que não conhecem o local tem pouca ou nenhuma referência para citar ao acionar autoridades de trânsito em caso de emergência. A ERS-522 pede socorro. E as pessoas que a utilizam também.

Leia aqui a matéria que publicamos em julho de 2018 sobre a estrada.