Calculadora do leite auxilia produtores gaúchos a ter melhor noção de preço e qualidade

A partir de agora, os produtores de leite do Rio Grande do Sul tem mais um instrumento para ajudar na avaliação do preço do leite. Trata-se da calculadora do leite. A ferramenta foi desenvolvida pela câmara técnica do Conseleite – Conselho Paritário – que reúne agricultores e indústrias de leite do Estado. Conforme o diretor executivo do Sindilat – Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados – Darlan Palharini, a calculara proporciona análise de variações nos valores do leite.

A ferramenta está disponível no site conseleite.com.br. Para fazer o cálculo, o produtor precisa utilizar o valor mensal de referência do litro do leite a ser pago pelas empresas, conforme dados do Conseleite, e os indicadores usados pela indústria, ou seja, índices de gordura, proteína, células somáticas e bacterianas do leite, além do volume diário do alimento entregue pelos agricultores.

O valor financeiro que resultar dessa avaliação, vai servir como padrão de negociação entre o agricultor e a empresa/indústria, referente ao preço por litro a ser recebido pelo produtor. No úitimo domingo, às 6 horas e 30 minutos, Darlan Palharini ampliou o tema durante entrevista no programa Progresso Rural da RPI.

Na ocasião, o diretor executivo do Sindilat gaúcho ainda destacou que por meio da calculadora do leite é possível ter parâmetros para melhorar a qualidade do produto, por parte dos produtores, pois com maior clareza na estimativa de preço, o agricultor também se motiva na melhoria de proteína, gordura e outros indicadores levados em consideração pelas indústrias.

No Progresso Rural, Palharini também observou que outro ganho com a calculadora é comparar a semelhança ou diferença do leite com propriedades vizinhas. Inclusive, toda essa análise pode indicar ampliação da genética dos bovinos e melhoria no gerenciamento das propriedades. Darlan Palharini ainda enfatizou o momento positivo para o produtor de leite em termos de recebimento de preço, até pela produção limitada na região centro-oeste do Brasil, em razão de pouca chuva. Abaixo, confira a entrevista com Darlan Palharini: