Com cenário de tristeza e dor, nove vítimas da enchente em Muçum foram veladas neste sábado

Diante de um cenário de tristeza e dor, moradores, amigos e familiares se despediram das vítimas das enchentes neste sábado no vale do Taquari. Das 10 pessoas que seriam veladas no Ginásio Municipal em Vespasiano Corrêa , apenas nove foram.   Isso porque Leandro Menegildo, 43 anos, foi velado no Cemitério Santo Antônio, em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Leandro estava em Muçum para consertar o telhado de sua mãe que foi atingido pelos granizos da última semana. Ele optou por voltar ao município para ajudar seus conterrâneos. Leandro foi levado pela enxurrada e morreu.

O sepultamento dos corpos das demais vítimas aconteceu em regiões do Vale do Taquari. Joeci Felicetti foi sepultado no Cemitério Católico Nossa Senhora Aparecida de Roca Sales; Sebastião Nunes de Oliveira e Jenecilde de Freitas, sepultados no Cemitério São Judas Tadeu, em Roca Sales; o pai e filho Danilo Lourenzi e Wagner Lourenzi foram sepultados no Cemitério Municipal de Anta Gorda; Zilda Bonatto de Amaral foi  sepultada no Cemitério Santo Antão, em Encantado; além de três integrantes de uma mesma família, ou seja, o casal Alavaro Pietta, e Beatriz Pietta e o filho, Maximiliani Pietta que foram sepultados no Cemitério Municipal de Muçum. 

Como se já não bastasse a dor da perda,  foi necessário abrir três espaços no Cemitério Municipal de Muçum que estava prejudicado para velar os corpos da família. Os túmulos foram engolidos pela água do rio e o chão coberto de barro e água. Inclusive o túmulo no qual a família foi sepultada estava coberto por barro. Os caixões dos familiares foram colocados nas gavetas de forma simbólica. O pai, na base, na gaveta de baixo, o filho, na gaveta do meio e a mãe em cima, como sinal de proteção ao filho. O casal era conhecido na cidade e se dedicavam com amor ao plantio. Já no município de Muçum, cerca de 16 mortes já foram confirmadas pela Defesa Civil.