Um recente relatório do Instituto do Meio Ambiente (IMA), divulgado na sexta-feira (22), confirmou que a Praia Central de Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina, continua imprópria para banho pela terceira semana seguida. Todos os dez pontos de coleta e análise de balneabilidade da praia apresentaram índices de bactérias escherichia coli acima do limite aceitável de 800 por 100 mililitros de água. O ponto mais crítico foi identificado na Barra Sul, na altura da Rua 4900, onde foram detectadas 14.136 bactérias por 100 mililitros.
A situação é motivo de preocupação especialmente para o setor de turismo local. Margot Libório, vice-presidente do Convention & Visitors Bureau de Balneário Camboriú, afirma que a questão da balneabilidade é um desafio constante para a cidade. “Apesar de Balneário Camboriú possuir outras praias e atrações turísticas com condições adequadas para banho, a Praia Central com 100% de balneabilidade representaria um avanço significativo para o destino”, afirma Libório.
A Empresa Municipal de Água e Saneamento (Emasa) aponta fatores como a falta de saneamento básico na vizinha Camboriú e problemas no sistema de tratamento de Balneário Camboriú como causas para a contaminação da praia. Além disso, especula-se que o alargamento da Praia Central, realizado em 2021, pode ter alterado a dinâmica das águas dos Rios Marambaia e Camboriú, afetando os níveis de contaminação. Contudo, essa hipótese é rejeitada pela prefeitura.
Enquanto isso, uma obra emergencial de R$ 4 milhões foi contratada para tentar melhorar a situação. A obra inclui a instalação de drenos para a coleta de águas pluviais e de esgotos na Praia Central.
O desafio de equilibrar desenvolvimento urbano e conservação ambiental é uma questão complexa que precisa ser enfrentada de forma urgente. A situação da Praia Central de Balneário Camboriú é um exemplo claro da necessidade de políticas públicas integradas que promovam o desenvolvimento sustentável.