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Escritor e historiador de Ijuí propõe alterações no anteprojeto do vale-livro para valorizar autores locais durante a Feira do Livro

30 de junho de 2025

O escritor e historiador ijuiense Luis Carlos Ávila, conhecido como Bagé, protocolou e encaminhou na semana passada um documento oficial junto à Prefeitura Municipal de Ijuí, entregue nas mãos do Prefeito Andrei Cossetin e à Câmara de Vereadores, com sugestões de aprimoramento ao anteprojeto de lei que propõe a criação do Vale-Livro durante a Feira do Livro do município, a ser realizada no final deste ano.

A proposta original, de autoria do vereador César Busnello, prevê a distribuição de vale-livro no valor de R$ 25 para alunos e R$ 30 para professores da Rede Municipal de Ensino, com o objetivo de incentivar a leitura e o acesso a obras literárias.

O anteprojeto ainda depende de sanção do Executivo para se tornar lei. No documento encaminhado ao prefeito Andrei Cossetin e aos parlamentares, Bagé destaca a importância da iniciativa, mas propõe ajustes no texto para garantir a valorização da produção literária local. Segundo ele, a proposta, do jeito como está, corre o risco de beneficiar apenas grandes editoras e livrarias, deixando os autores independentes e ijuienses em desvantagem.

As sugestões apresentadas são para destinação de parte dos recursos exclusivamente para obras de autores locais, e que cerca de 60% do valor do vale-livro seja utilizado na compra de livros de escritores de Ijuí. Outra situação é que ocorra permissão para aquisição direta com autores independentes, permitindo que o vale seja aceito também fora das bancas/livrarias tradicionais, presentes, desde que o autor esteja inscrito oficialmente na Feira do Livro, e emita recibo com CPF.

Luis Carlos Ávila justifica que, além de incentivar a leitura entre estudantes e professores, a medida deve promover também a literatura regional e o trabalho dos escritores que atuam fora dos grandes circuitos comerciais. A proposta também visa combater a exclusão de escritores independentes, que frequentemente enfrentam barreiras como a cobrança de comissões elevadas pelas livrarias, o que inviabiliza a comercialização de suas obras.

Fonte: Rádio Progresso
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