Pelo menos 13 idosos foram vítimas de empréstimos consignados na região central do estado, município de São Vicente do Sul. O grupo contratou os valores achando ser ressarcimento de juros abusivos pagos em dívidas passadas. O dinheiro foi liberado sem a necessidade de qualquer assinatura em contratos e as transações bancárias foram permitidas porque os estelionatários utilizaram a tecnologia de reconhecimento facial para autenticar os negócios.
Seis golpistas que se passavam por funcionários do governo ou do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atuavam em duplas ou trios, realizavam reuniões com as vítimas e diziam que os aposentados tinham direito a serem ressarcidos por juros abusivos cobrados em empréstimos consignados que contrataram nos últimos anos. A história veio à tona a partir do relato de um associado do Sindicato dos Trabalhadores Rurais da cidade. Ele foi ao local contar aos colegas da “novidade”.
Conforme as vítimas, os estelionatários sempre pedem uma foto que serve para confirmar a identidade delas e assim haver a liberação do dinheiro. Uma assinatura não é necessária. É o que se chama de reconhecimento facial. Normalmente utilizada para autenticar acesso a aplicativos de órgãos governamentais, bancos e programas de fidelidade, o reconhecimento facial exige cautela dos consumidores. A Defensoria Pública acompanha o caso e prepara medidas legais para tentar devolver o dinheiro dos empréstimos, cancelar os descontos em folha e buscar uma indenização.