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Júri absolve pais por morte de gêmeos asfixiados dentro de carro em Júlio de Castilhos

26 de abril de 2024

Foram absolvidos em júri realizado ontem, 25, os pais de filhos gêmeos que morreram asfixiados dentro de um carro, em Júlio de Castilhos, na Região Central.

O tribunal do júri, composto por três homens e duas mulheres, absolveu os pais por motivo de ausência de autoria. O resultado foi comunicado pelo juiz Roberto Nazário por volta das 14h30min. O julgamento teve início às 9h30min, durou cerca de cinco horas e contou apenas com a presença da mãe das crianças, Liliane Soares da Silva, e alguns familiares acompanharam a sessão.

A ré se retirou após alguns minutos alegando condições emocionais. O pai, Clemar Silveira da Silva, não esteve presente e nenhuma testemunha foi chamada.

Durante o plenário, o Ministério Público (MP) alterou a classificação para homicídio culposo, quando não há intenção de matar. A defesa manteve essa mesma versão e admitiu o descuido dos réus. No caso, em 24 de janeiro de 2016, os gêmeos Wagner Wesley da Silva e Mary Diane da Silva, de quatro anos, morreram dentro do carro da família, no bairro Tancredo Neves, em Júlio de Castilhos.

À época, a Polícia Civil concluiu que as crianças morreram por asfixia, em razão de estarem em um ambiente pouco oxigenado. Elas ficaram ao menos 30 minutos dentro do veículo, e a temperatura atingia 40°C naquele verão. A delegada responsável, Alessandra Padula, apontou negligência dos responsáveis.

Na ocasião, a mãe, então com 27 anos, relatou à polícia que deixou as crianças no sofá de casa e foi tomar banho. Ao sair do banheiro, não localizou os gêmeos e pediu ajuda aos vizinhos. Depois, encontrou ambos desacordados dentro do carro, que estava destrancado, em frente de casa.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e constatou os óbitos. A Polícia Civil indiciou o casal por homicídio doloso (quando há intenção de matar), e o MP denunciou ambos por homicídio qualificado.

O casal não está mais junto. A mulher reside atualmente em Nova Palma. Já o homem segue morando no município onde ocorreu o caso.

Fonte: RPI de GZH