Números, desabafos e valorização marcam entrevista coletiva no término da Expofest

O balanço prévio da Expofest, que termina na noite deste domingo, no parque Wanderley Burmann de Ijuí, aponta que o público visitante deste ano vai ser menor que a edição do ano passado. Os números desde o primeiro dia do evento, em 11 de outubro, até às 16 horas de hoje, indicam 47.519 pagantes. Os três shows nacionais totalizaram 18.204 ingressos. Com isso, são 758 mil reais em arrecadação.

No estacionamento pago, que foi novidade neste ano, sem contabilizar este domingo, foram 13.449 pagantes. Cada veículo pagou 20 reais. Nesse caso, a arrecadação foi de 145 mil, 215 reais até ontem. Entre pessoas que pagaram para entrar na Expofest, mais o estacionamento, a arrecadação, com dados ainda não totais, fica em 903 mil reais. Esses detalhes foram repassados no final da tarde deste domingo, durante entrevista coletiva, no parque Wanderley Burmann, pela direção do evento, além dos poderes Executivo e Legislativo.

O presidente da feira, Nélson Casarin, comentou que em 2022, a Expofest totalizou entre 145 mil e 150 mil acessos no parque, ou seja, entre pagantes e pessoas com credenciais e ingressos gratuitos. Nesse ano, até às 16 horas de hoje foram 125.540. Casarin frisou que dos 11 dias de feira, de 5 a 6 dias foram de bastante chuva, o que atrapalhou a presença de público.

Ele ainda observou que para a Expofest de 2023 foram investidos mais de 500 mil reais em todo o parque ijuiense, por exemplo, com climatização de todos os pavilhões de expositores, novas catracas nas bilheterias, ainda implantação de duas bilheterias novas nos fundos do parque, Linha 4 Leste, também revitalização de algumas ruas e novas pavimentações pela prefeitura.

Nélson Casarin criticou lideranças de Ijuí que, segundo ele, tentaram desvalorizar o produto, ou seja, a feira, com as etnias e os negócios, momento em que praticamente chorou. Dias antes da Expofest e durante o evento, houve críticas, especialmente por parte de alguns vereadores, sobre a forma de condução dos organizadores, inclusive com a implantação de parte do estacionamento pago.

Já o prefeito de Ijuí, Andrei Cossetin, comentou que essas críticas vieram de pseudo lideranças, mas que é preciso rever alguma situação para a Expofest de 2024, por exemplo, melhorar o acesso de veículos pela Linha 4 Leste, cuja estrada já começa receber investimentos. Nessa mesma área de investimentos, Nélson Casarin entende que é necessário melhorar o estacionamento para os expositores no parque Wanderley Burmann.

O presidente da Câmara de Vereadores de Ijuí, Paulo Braga, por sua vez, na entrevista coletiva, pediu asfaltamento da via aos fundos do parque, repensar a medida deste ano que teve aumento do valor do ingresso a partir das 17 horas, em dias de shows nacionais, dentre outras situações.

Também se manifestaram na entrevista coletiva outras pessoas, por exemplo, o presidente da União das Etnias de Ijuí, Jonas Sala, o coordenador da área do agronegócio, Antônio Tambara, e o integrante da área cultural da feira, Francisco Rolof. Eles relataram, por exemplo, sobre os três palcos para apresentações musicais e culturais, que receberam, por exemplo, mais de 60 músicos de Ijuí e 40 do Estado, além dos 28 grupos étnicos da Colmeia do Trabalho, que totalizaram acima de 620 dançarinos. Também teve presença de cônsules da Polônia, Portugal, Suécia e Japão, ainda o governo argentino e a Câmara de Comércio do Texas, Estados Unidos. Ainda destacado a boa presença de animais na Fenaleite e a venda de 25 cavalos crioulos durante leilão.

Jonas Sala observou que na Expofest deste ano ocorreu criação de cinco núcleos étnicos, ou seja, de argentinos, uruguaios, tchecos, ucranianos e norte-americanos, que futuramente poderão se transformar em etnias.

A direção da Expofest Ijuí entregou para o chefe da Divisão de Planejamento da secretaria de Turismo do Rio Grande do Sul, Alex Teichmann, dois projetos, durante a entrevista coletiva, hoje à tarde, no encerramento da feira. Um deles, para que seja implantado no parque Wanderley Burmann um espaço denominado Alma, Luz e Paixão, espécie de som e luz. Outro projeto é para criar, também no parque, área para utilização, o ano todo, com atividades turísticas, gastronômicas e até esportivas. Também foi comentado, no mesmo momento, necessidade de ampliar da agricultura familiar. Isso porque, nesse ano, 50 agroindústrias participaram do pavilhão, porém, havia 90 inscritas, ou seja, faltou espaço.

A direção da Expofest entregou para a representação da secretaria da Cultura do Rio Grande do Sul dois projetos. Um deles, para que seja implantado no parque Wanderley Burmann um espaço denominado Alma, Luz e Paixão, espécie de som e luz. Outro projeto é para criar, também no parque, área para utilização, o ano todo, com atividades turísticas, gastronômicas e até esportivas. Ainda existe projeto para ampliar a área das agroindústrias.

Possivelmente no mês que vem, a direção da Expofest vai apresentar o balanço oficial do evento, data da feira do próximo ano, inclusive com possibilidade de anunciar a direção da feira para 2024. Na entrevista coletiva de hoje, Nélson Casarin disse que ainda não há levantamento sobre vendas feitas pelos expositores no evento deste ano.