Opção pelo sorgo e cigarrinha podem reduzir área de milho nesta safra na região

O Rio Grande do Sul está às vésperas do plantio de mais uma safra de milho. No Estado e região de Ijuí, um dos fatores que pode impedir maior cultivo é a cigarrinha, inseto que nas últimas safras causou sérios prejuízos no cereal. Também por isso, existe até perspectiva de redução de área com milho no território gaúcho.

Em Ijuí, além da cigarrinha, outra questão que deve influenciar para diminuição do plantio de milho é a desistência de alguns produtores em atuar no segmento leiteiro, visto baixo preço pago por litro e alto custo de produção. Além disso, há agricultores que passam a investir na produção de sorgo, em razão de novas variedades para silagem e que são mais aceitas pelos animais, também pelo fato da cultura não sofrer com a cigarrinha.

A estimativa da Emater é que nesta nova safra sejam cultivados cerca de 5 mil e 100 hectares com milho em Ijuí, em torno de 400 hectares a menos que a safra de 2023. O levantamento indica 650 hectares de milho para grão e 4.450 para silagem.

O corretor de cereais da Solo Corretora de Cereais, de Ijuí, Índio Brasil, entende que poderá acontecer redução da oferta global de milho, em detrimento, a expectativa é de melhoria de preço ao produtor. O Rio Grande do Sul, por exemplo, historicamente produz menos milho do que consome. O período recomendado para plantio do milho em Ijuí e região, segundo o zoneamento agrícola, começa no próximo dia 20 e vai até 20 de janeiro de 2025.