Busca rápidaX

Operação que apura irregularidades em partidas de futebol cumpre mandados em Erechim, Pelotas e Santa Maria no RS

18 de abril de 2023

O Ministério Público de Goiás (MPGO), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI), deflagrou na manhã desta terça-feira, 18, a Operação Penalidade Máxima II, visando a obtenção de novos vestígios da atuação de organização criminosa com atuação especializada na manipulação de resultados esportivos de jogos de futebol profissional – inclusive do Brasileirão Série A.

Há suspeitas de que o grupo criminoso tenha concretamente atuado em pelo menos cinco jogos da Série A do Campeonato Brasileiro de Futebol de 2022, bem como em cinco partidas de Campeonatos Estaduais, entre eles, os campeonatos Goiano, Gaúcho, Mato-Grossense e Paulista, todos deste ano.

Foram cumpridos  três mandados de prisão preventiva e 20 mandados de busca e apreensão em 16 municípios de seis estados, expedidos pela 2ª Vara Estadual dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e Lavagem ou Ocultação de Bens Direitos e Valores. 

No Rio Grande do Sul, os mandados foram cumpridos nas cidades de Pelotas, Santa Maria e Erechim.  Os Gaecos dos estados de Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, o Cyber Gaeco do MP de São Paulo e do Centro de Inteligência do MP do Rio de Janeiro, além das polícias Militar, Civil e Penal dão apoio ao cumprimento das diligências. 

Trata-se de desdobramento da Operação Penalidade Máxima, deflagrada em fevereiro de 2023 a qual resultou no oferecimento de denúncia, já recebida pelo Poder Judiciário, com imputação dos crimes de integrar organização criminosa e corrupção em âmbito desportivo.  

Na ocasião, dois times do Rio Grande do Sul foram citados, Novo Hamburgo e São Luiz. Na oportunidade, a direção do Esporte Clube São Luiz se disse surpresa com a citação do clube. Nesta fase, o clube ijuiense não é citado pelos investigadores.

De acordo com o MP goiano, o grupo criminoso atuou mediante cooptação de jogadores profissionais de futebol, com oferta de valores entre R$ 50 mil a R$ 100 mil aos atletas para que eles cometessem eventos determinados nos jogos.

A investigação indica que as manipulações eram diversas e visavam, por exemplo, assegurar a punição a determinado jogador por cartão amarelo, cartão vermelho, cometimento de penalidade máxima, além de assegurar número de escanteios durante a partida e, até mesmo, o placar de derrota de determinado time no intervalo do jogo. 

Há indícios de que as condutas previamente solicitadas aos jogadores visam possibilitar que os investigados consigam grandes lucros em apostas realizadas em sites de casas esportivas, utilizando, ainda, contas cadastradas em nome de terceiros para aumentar os lucros. 

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí e MP de Goiás